terça-feira, 29 de novembro de 2011

Pensando bem...

Cansei.
Cansei de quem fui há dois minutos.
Cansei da imagem que fazem de mim.
Simplesmente, cansei.
Cansei do que pensam, que acham e que imaginam que eu sou.
Tudo hipotético.
Não trabalho mais com hipóteses.
Agora lido com pá-pum.
Pá-pum?
É tipo: aqui, agora, neste momento e pronto.
Decidi que vou falar pouco.
Ficar quase muda.
Atenta.
Ouvir muito.
De preferência, músicas.
Cansei de disse me disse, de nhém, nhém, nhém...
Não quero agradar mais ninguém...
Quero assumir que sou assim:
Eu.
Simplesmente eu.
Quem quiser, venha.
Quem não quiser...
Cansei de tentar agradar.
Ai como isso é ruim.
Agradar pra ser recebida.
O ó.
De tantas coisas, cansei.
E dessa forma, venho descansando.
Assim é bom.
Tô gostando.
Porque como dizem, não dá pra ser perfeito.
Aliás, como ser perfeito se A MENTE DA GENTE ENGANA A GENTE?
Deixem que digam, que pensem, que falem.....
Deixa isso pra lá.
Bisú
Syl

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Abrindo a guarda e contando tudo...


Oi, gente,
Vamos dar uma paradinha nas histórias dessa louca e deliciosa viagem pra contar a louca e verdadeira história dessa viagem?
Sim, isso mesmo.
Interpretação a cargo de vocês.
Agora vamos jogar no half and half.
Tudo começou em dezembro de 2009 quando uma prima sábia.
Ou melhor, uma prima sábia, companheira e linda percebeu a minha inquietude diante do rumo que minha vida estava tomando.
Que rumo era esse?
O rumo da mesmice.
Um rumo dolorido para uma típica sagitariana.
"Syca, disse ela, você não está feliz"
E não estava mesmo.
Recém diagnosticada com crise de ansiedade aguda e vendo minha saúde ir pelo ralo, admiti que somente eu poderia fazer algo por mim.
E eis que no dia do meu aniversário ela me presenteou com o famoso livro: COMER, REZAR E AMAR.
Bom, a primeira parte eu fiz.
Comi a história do livro com uma voracidade inacreditável.
E foi, ali, na última página que disse pra mim mesma:
Vou me dedicar um ano a ESTUDAR, REZAR E AMAR.
Trabalhei o ano de 2010 como uma mula só pensando em juntar grana pra tornar realidade essa empreitada.
Primeiro combinei com uma grande amiga para fazermos o início dessa viagem juntas, pois precisávamos demais uma da outra naquele momento.
E em setembro de 2010 criei o bloguito.
Uma maneiro de exercitar a escrita e comunicar a família o que estava acontecendo.
Mas a medida que eu me expressava, mais e mais gente ia se interessando pelos posts.
Eis que rapidamente mais de uma centena de pessoas passou a compartilhar comigo meus devaneios
Foi então que fiz um juramento:
Jamais escreveria histórias que levasse a uma reflexão triste da vida...
Pra isso basta ligarmos a TV.
Notícias tristes aos montes.
E, agora, cá estou eu, nos últimos dias de viagem, muito orgulhosa de ter cumprido o que combinei.
Portanto, gostaria de agradecer a cada um que parou um minutinho do seu dia para dividir comigo essa experiência.
Não foi NADA fácil, diga-se de passagem.
Mas eu vim porque quis, né não?
O blog provavelmente tomará um rumo diferente.
Não serão novos lugares, maluquices ou curiosidades.
Contarei sobre coisas do coração.
Pensamentos, talvez.
Experiências com pinceladas de aprendizado.
Espero que continuem comigo.
Porque depois de Estudar e Rezar ... tô chegando no Amar.
E que o verbo venha com força e se faça presente até onde o vento faz a curva.
Muitos e muitos beijos carinhosos
Syl ou Syca, pra quem quiser.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ao mestre com carinho!!!!



Vou confessar uma coisa pra vocês:
Já entrei em hospital aqui nos EUA, fiquei muda
Já entrei em sinagogas e até em igrejas, fiquei muda também.
Mas, se teve um lugar em que meu coração sucumbiu ao silêncio, foi na Berkeley College.
Universidade conceituadíssima no mundo inteiro. 
Uma das principais responsáveis pela criação da bomba atômica, ao mesmo tempo em que foi palco de grandes movimentos pacifistas nos anos 60.
Pensem nesses números: 52 prêmios NOBEL ligados diretamente a Berkeley, sendo que 18 destes para professores.
A universidade que começou com 400 alunos hoje possui mais de 33 mil estudantes e 1900 professores no auxílio.
Cinco quilômetros de m2 distribuidos entre prédios, laboratórios e dormitórios. 
Não é de enlouquecer qualquer um?
Cheguei lá com o coração disparando.
Uma atmosfera única.
Singular.
Impar.
Até pra pedir um café baixei o tom de voz em respeito
Gente, a sensação é indescritível.
Imaginem um lugar rodeado de verde e salpicado de prédios seculares.
E nesse mesmo lugar, quebrando a bucólica cena da arquitetura antiga, jovens com suas bicicletas coloridas, se misturam a paisagem rumo ao futuro?!
Imaginaram?
Olhares curiosíssimos.
Energia de conhecimento.
Um templo sagrado.
Sentei nas escadas de um dos prédios e pensei: "Ai meus 20 anos."
Jovens vorazes por aprendizado.
E mais do que tudo, livres para ir e vir.
Berkeley foi um achado nessa minha curta estada na California.
Valeu o passeio e valeu a escolha.
Fascinante.
Agora, vou ler um livro, isso, sim.
Vou ficar pra trás? Eu não.
Não quero deixar de aprender nunca nessa vida maravilhosa que Deus me deu.
Beijinhos
Syl

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Quanto vale seu trabalho???!!!


Se tem uma coisa que me intrigou bastante nos EUA foi a forma como o americano lida com dinheiro.
Muito, muito diferente da relação que nós, brasileiros, temos com o "Faz-me rir."
Primeiro que um dólar tem muito valor.
Moeda são mais do que bem vindas.
E qualquer troco, seja o valor que for, é entregue corretamente.
Nada de chicletes e balas para "interar" o dinheirinho que nos volta por direito
Mas o mais intrigante é que numa das matérias que estudei, chamada American Way, aprendi que, tornar-se rico, é motivo de orgulho.
Tornar-se rico é possuir uma vida material saudável.
Conforto.
Bens.
Ser rico não gera desconforto porque significa árdua dedicação ao trabalho.
Sim, sim.
Também acredito que existam malandros que desviam verba, alimentam caixa 2 e sonegam impostos na terra do Tio Sam.
Mas a lei pune.
E pune mesmo, pois a economia americana gira em torno do comércio.
E boicotar o ESTADO, quebra a máquina.
Prejudica todos.
Essa consciência impera.
Desta forma, ter dinheiro e ser rico merece aplausos.
Orgulho.
Coisa que no Brasil ainda não nos acostumamos.
É cultural, certamente.
Talvez por isso, na América tantos milionários candidatem-se a cargos políticos.
Vide Mitt Romney
Mas porque será?
Porque subentende-se que, pra construir patrimônio, o candidato dedicou muito tempo da sua vida ao LAVORO.
Entendam, não quero levantar nenhum tipo de bandeira contra ou a favor dos americanos.
Apenas comentar que é normal perguntar quanto a pessoa ganha.
Porém, perguntar a idade, mesmo quando se é jovem, é vergonhoso.
Interessante, não?
Fico por aqui.
Muitos beijos em dólar, euro e real,
Syl

domingo, 23 de outubro de 2011

Perdidinha Orenstein Tourinho!!!


Sim, confesso, estou ausente por aqui.
O motivo?
Não sei.
Continuo amando escrever, mas deu um branco de inspiração.
Como o branco é a cor que reúne todas numa só, esta é a razão.
Muita coisa acontecendo e eu querendo buscar uma delas pra contar pra vocês.
Resultado: não está dando tempo de digerir tudo.
Cada dia uma sensação nova.
Ontem uma jovem e sua filha pequena passaram por mim e sorriram.
Tomei um susto, juro!
Estava desacostumada.
Até olhei pra trás pra ver se era comigo mesma e... era.
A mudança de Nova York pra Califórnia está me fazendo questionar sobre como fiquei associada a Big Apple.
E como mudar isso se, afinal de contas, agora a história é outra.
Nada de correria: estou fazendo Yoga.
Nada de barulho: Nunca ouvi um carro buzinar por aqui.
Nada de compras enloquecidas: o comércio da cidade se restringe a poucas e delicadas lojas de rua.
Nada de jantares exorbitantes: A cozinha dos restaurantes fecha as 10:30pm.
Nada de homens engravatados: A cada esquina tem um "galêgo" com uma prancha de surf embaixo do braço.
E agora. onde me encaixo?
Tô perdidinha.
Interiorizando o momento e buscando a paz neste lugar.
Significado de calmaria: Manhattan Beach
Significado de bons modos: Manhattan Beach
Significado de pessoas: Manhattan Beach.
Portanto, vou ser feliz um pouquinho aqui e já volto.
Ah! E se além de tudo isso, ainda quiserem ver flores lindas, definitivamente: Manhattan Beach.
Mil beijinhos e flores pra vocês.
Saudades,
Syl

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A lição de uma criança chamada SYLVIA!!!


Não dá pra acreditar que passaram-se 365 dias desde minha chegada a NY.
Parece que foi ontem.
O que me intriga é que, relendo os posts antigos, não consigo entender como captei com tanta verdade tudo que aconteceu aqui.
Minha visão sobre a cidade e suas peculiaridades continua, absolutamente, a mesma.
Esse lugar é mágico.
Fascinante.
NY me fez sorrir muito.
Fui feliz o bastante para dizer que repetiria tudo novamente, se preciso fosse.
Porque vocês hão de convir comigo:
Morar fora é uma excelente forma de enxergar quem somos.
Na verdade, a minha grande dificuldade não foi aprender um novo idioma.
Isso, sem modéstia, não foi o maior dos desafios.
Dificuldade mesmo foi aprender a lidar com minhas emoções.
Sou brasileira, gente!
Brasileiro é MUITO emotivo.
Espaçoso.
Anda em turma.
Aqui isso não acontece.
Então eu me pergunto: Meu Deus, como consegui lidar com a solidão?
Com me tornei introspectiva?
Como me convenci tantas vezes de que a vida é feita de "bola pra frente"?
Juro a vocês:
EU NÃO SEI.
Em muitos momentos, não levantei da cama.
Em muitos momentos, pensei que fosse enlouquecer.
Mas, em todos estes momentos, sempre soube que a opção de continuar era uma escolha minha.
Eu quis isso.
Foi uma viagem muito mais interna do que externa.
Eu me conheci nessa cidade.
Lidei com sentimentos que nem sabia existirem.
E tratei deles com muito cuidado e carinho.
Digo e ratifico:
Conhecer NY é lição fundamental na vida de qualquer pessoa.
Não encontrei o glamour.
Muito menos facilidades aqui.
Encontrei uma pessoa sedenta por crescimento.
Uma pessoa entalada de medos e questões.
Alguém que nem sabia ser tão forte e tão delicada ao mesmo tempo.
Tentei me proteger ao máximo dos fantasmas que me assustavam.
Hoje sou mais justa.
Mais humana.
Hoje tenho um pouco mais de receios.
Mais amor ao próximo.
Hoje olho para minhas limitações e as vejo como uma senhora de idade que precisa ser respeitada.
E, dedico tudo que escrevi a quem, por um minuto que tenha sido, entendeu o que eu quis passar.
Espero ter me feito clara nas considerações.
Obrigada pelos comentários, pelas dúvidas, pelas questões.
Por viajarem comigo.
Desejo a vocês PAZ.
Muita paz.
Paz de espírito e sono tranquilo.
Porque é disso que precisamos.
No mais, valeu a pena...
Ah! isso valeu.
Muitos beijos e avante,
Syl

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Onde há fumaça, há...churrasco.


Anna é uma amiga do Rio com a qual não mantinha contato há anos.
Pois não é que viemos nos reencontrar em NY?
Ela chegou da mesma forma que eu, louca para desvendar os mistérios da Big Apple.
E, no papel de uma boa cicerone, abracei Anna e tentei facilitar ao máximo sua estada aqui.
Resultado: ela veio morar comigo.
Estamos dividindo até a cama.
Tratei logo de apresentá-la algumas pessoas que conheci aqui e em contrapartida, ela me apresentou a brasileiros que moram em NY.
Incrível, mas nestes trezentos e tantos dias, nunca soube onde estava a galera do meu país que mora aqui.
E Anna, em menos de duas semanas me apresentou a uma dúzia deles.
E lá fomos nós, animadas, a um churrasco que estavam oferecendo.
Delicioso.
Me senti em plena Gávea, no Rio de Janeiro
Rolou pão de queijo, cervejinha, picanha...
Tudo isso misturado a sotaques e expressões que eu já não ouvia há tempos.
Eis que de repente, chegam convidados inesperados.
Os bombeiros.
Assustados com a fumaça vista da rua, os encapotados surgiram como duendes no meio da floresta.
Como não desconfiamos que isso iria acontecer?
NY, ora bolas.
Ao sinal de algo estranho, principalmente depois do 11/09, eles ficam ensandecidos.
Ainda mais se o "algo estranho" produz fumaça.
Não teve conversa.
Jeitinho brasileiro, só funciona no Brasil.
Fomos proibidos de continuar com nosso ritual canibalesco.
Perdemos a comida, mas não perdemos o samba.
Principalmente por saber que não estávamos fazendo mal algum.
Funcionou como uma lição pra mim que, muitas vezes aqui, me desculpei por esbarrar em árvores.
Esse é o perigo de NY, se a gente não se vigia, com o tempo começamos a sentir culpa pelo que nem fizemos.
No mais, a festa continuou e Anna teve mais um motivo para amar essa experiência.
A experiência de se descobrir em NY.
Um beijo com gostinho de carne na brasa.
E, Anna.... o mundo de felicidades pra vc nessa imensidão, amiga!
Syl

sábado, 1 de outubro de 2011

Para os roqueiros, funkeiros e a turma do axé!!!!!


Sem querer tomar partido dos roqueiros, pagodeiros, funkeiros, muito menos de todos que curtem axé.
Me respondam:
Aonde leva a discussão de quem fez melhor ou pior no rock in Rio 2011?
Trata-se de um festival de música, gente.
Cada qual no seu cada qual.
Se a Cláudia Leitte mostrou-se insatisfeita com a receptividade do público, deixem que ela se expresse, ora bolas.
Se muitos não aprovaram essa manisfestação e decidiram tornar o assunto mais agudo, deixem que se expressem também.
O que não é saudável, é criar um ambiente de desavença entre músicos e artistas dentro do próprio universo.
No nosso país, diferentes manifestações culturais é o que não nos falta.
Aqui nasceram e nascem grandes estrelas que brilham, com ou sem imprensa.
Existe espaço para todos.
Cada qual que se manifeste da sua maneira.
Defenda-se, Claudinha.
Ataque, nosso jornalista roqueiro.
Mas que isso se torne uma discussão saudável.
Porque, quem está de fora, não quer tomar partido.
Quer ouvir, dançar e curtir.
Música existe para ser sentida.
Este é o propósito.
E é isso que esperamos dos nossos artistas:
Que nos apresentem o melhor de si.
Como dizia Nelson Rodrigues:
A unanimidade é burra.
Parabéns para Claudinha.
Parabéns, Ivete.
Sua sensibilidade fez doer nossas mais desconhecidas emoções.
Parabéns a todos que se entregaram por inteiro, corpo e coração, ao Rock in Rio 2011.
O público gosta de quem gosta do que faz.
Baixemos as armas.
Deixemos um pouco de lado as assessorias de imprensa e façamos com que nossos ritmos se difundam.
Independente de preferências particulares.
Paz para qualquer manifestação cultural.
Viva nós....brasileiros.
No mais, sem julgamentos
Com carinho
Sylvia Orenstein Tourinho

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Me digam....


Ai, ai, ai....
E se eu quiser parar agora?
Dar um tempo...
E se eu quiser me dar umas férias?
E se eu disser que não tenho mais nada pra dizer?
Que cansei de olhar.
De observar.
Que tudo tá um saco?
Que aqui só vive quem sobrevive?
E se eu disser que estou exausta?
Que graças a vocês eu passei por tudo?
Que a cada amiga que me faltou fiquei mais forte.
Que por minha família lutei pra resistir firme.
Que amo incondicionalmente quem esteve ao meu lado.
E se eu disser que preconceito é uma palavra que não cabe no meu dicionário?
E que "tomar um porre" é uma questão de perspectiva?
Que família sempre quer o nosso bem.
Que é amor incondicional...
E que viver é a maior bênção que ∂æus nos deu...
Vou aproveitar quem amo até perder as forças.
Shalom
Beijinhos
Syl

domingo, 11 de setembro de 2011

A queda das torres gêmeas me deu saudade do meu país!!!


Em pensar que há um ano eu estava começando a descobrir Nova York.
Em pensar que neste um ano, entre idas e vindas, meu conceito de felicidade mudou radicalmente.
Vindo do Brasil pra Nova York não imaginava passar pela metade das alegrias e tristezas que passei aqui.
Nova York foi, é e será sempre um divisor de águas na minha vida.
Lembro-me da data de 11 de setembro do ano passado, 2010, quando eu, cheia de coragem, bravura e fé esperava encontrar o mundo dos sonhos.
Meu Deus, quantas "cabeçadas" que dei.
Quantas vezes, sozinha, andei por horas fascinada pela grandiosidade desse lugar
Quantas vezes insisti em fazer amizades.
E foi passando por tudo que, hoje, 11 de setembro de 2011, me enxergo outra pessoa.
A inquietude que sempre me empurra, me deu ar pra seguir em frente.
Meus sentimentos são tesouros num lugar onde as emoções não transparecem nos olhares perdidos.
Aqui não senti falta do Brasil.
Senti falta da sensação de plenitude que o Brasil impregna em nós desde o dia que nascemos.
Aqui senti falta dos verdadeiros sentimentos.
Não estranhei a comida.
Não estranhei a correria diária.
Não estranhei a altura dos prédios
E nem me deslumbrei com a riqueza e a fartura dos que muito possuem materialmente.
Mas lamentei por ser tão difícil criar laços.
Aqui eu tenho "pessoas conhecidas" aos montes.
Mas nunca abracei forte nenhum deles.
Sabe porque?
Porque eles não se deixam abraçar.
Isso é triste.
Não tenho nada do que reclamar e me queixar.
Essa experiência foi e continuará sendo fascinante.
Mas não existe nada melhor do que "mandar a merda" o que nos irrita.
Não existe nada melhor que não cumprir algumas regras.
Simplesmente se recusar a ser "boiada"
Aqui aprendi e aprendo que posso estar em qualquer lugar do universo.
Em outro planeta.
Mas eu sou brasileira.
E daqui de Nova York, assim como sofri com a luta do dia a dia, sofri acompanhando o que estão fazendo com meu país.
O longo caminho que precisamos seguir para termos um país mais justo e honesto.
Pois povo como o brasileiro, não há.
E hoje, 10 anos depois da queda das torres gêmeas, fiquei em casa para evitar a energia pesada que ronda a cidade.
Por onde eu for e onde estiver, terei sempre o meu coração batendo ao som de um samba, uma bossa nova e nas cores verde e amarela.
Shalom
Beijos
Syl

domingo, 4 de setembro de 2011

Descobri tudoooooo....



Parem tudo.
Ruflem os tambores.
Acreditem se quiserem ou se puderem.
Descobri a pólvora em Nova York.
Agora sei porque todos aqui são aficcionados por mensagens e emails...
Pois é desta forma, que as pessoas se conhecem e se relacionam aqui.
Juro.
Tudo virtual.
Pois ninguém tem muitas referências sobre os outros aqui.
No fundo todos são retirantes do asfalto.
Correm contra o tempo que, com certeza, em NY passa mais rápido.
Sendo assim, como encontrar alguém pra se relacionar?
Pra conversar sem perder tempo?
Não tem como num almoço trocar idéias, ninguém olha pra ninguém.
Numa balada, então, o som nas alturas, não permite.
Então, eis que descobri o MATCH.COM
O site que é febre nos EUA.
Você não precisa falar quem é você.
Apenas dizer o que pensa e o que deseja numa relação.
Então as informações se cruzam e de repente, o site começa a te encaminhar sugestões de perfis que combinam com o seu.
Seja pra iniciar uma amizade ou pra encontrar sua soul mate.
Atenção!
Não adianta mentir, porque depois das informações colocadas inicia-se a fase da caça ao real.
Primeiro uma troca de emails com a pessoa.
Depois a imagem dela via internet.
Skype e afins.
Até chegar a hora da troca de telefones.
Mensagens de texto e depois voz no ouvido.
Se tudo estiver correndo bem, a pessoa decide se quer ou não conhecer o outro pessoalmente.
Pode ser num encontro de grupos.
Num STARBUCKS da vida.
Ou numa livraria legal.
Quando chega a hora do face to face, não tem pra onde correr.
E assim começam as relações.
Aqui é assim.
Essa coisa de um amigo apresentar a outro, pra eles, demora muito.
Complexo demais.
Eu fico pensando, isso é real?
Pode dar certo?
É saudável?
Não há dúvidas de que a paquera a moda antiga é deliciosa, mas a realidade é que aqui nos EUA esse tipo de paquera é o que acontece.
Sei não, viu?
Vale tentar...
Fico por aqui.
Beijos internéticos em todos
Syl

Dica de filme: MENSAGEM PARA VOCÊ.

domingo, 28 de agosto de 2011

Eu, a mosca e Irene!!!


A novela chamada Irene, começou a tomar "corpo" quando Obama veio, em rede nacional, pedir a todos que não saissem de casa durante 3 dias.
E pra meu desespero, minha mãe assistiu isso no Brasil.
Ou seja, pedido de minha mãe é pior do que do presidente dos EUA.
Pois vem acompanhado de drama, voz chorosa e mil informações que nem adianta contradizer.
Não sou americana, mas como sei que aqui o que se diz na TV é ordem, decidi seguir os rituais pré-catástrofe dos Nova Yorkinos.
Era uma sexta-feira e, para minha surpresa, o dia estava belíssimo.
Pessoas passeando tranquilamente.
Muita gente na rua.
Jovens indo pra academia.
Fui ao supermercado e a primeira coisa que me chamou atenção foi que as sessões de salgadinhos, refrigerantes e cervejas estavam vazia.
Depois, fiquei surpresa com o sorriso estampado no rosto do dono do supermercado.
Se Irene fosse personificada, ele estaria beijando seus pés.
Comprei frutas, suquinhos de maçã, pão e ao me dirigir ao balcão de pagamento, não me contive e peguei uma barra de chocolate.
Providenciei lanterna, arrumei minha bolsa com passaporte, dinheiro, toalha e maquiagem para necessidade de sair correndo.
Tranquei as portas e ....
Ufa! Enfim, segura e preparada para IRENILDA!
Foi quando constatei não estar sozinha em casa.
Uma descarada de uma mosca, no milésimo de segundo final, conseguiu adentrar o apartamento sem que eu percebesse.
Me dei mal.
Teria uma mosca como companheira durante as inesquecíveis 72 horas que estavam por vir.
Irene não representou um terço do terror que essa desgraçada dessa mosca representou pra mim.
Eu dormia, ela vinha me azucrinar.
Pra comer, tinha que ficar me abanando para ela nem chegar perto.
E, bastava eu me concentrar no computador, para ela pousar perto.
Gente, Irene eu nem vi.
Mas a mosca foi o hurricane da minha vida nestes 3 dias.
Beijos, ainda em prisão domiciliar.
Syl


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Oi gente!


Vocês sabem que quando me disponho a escrever a respeito das minhas descobertas, o que desejo é que meus amados leitores sintam-se instigados a compartilhar essas experiências comigo, claro.
Seja através de dicas, peripécias que apronto ou observações sobre o comportamento dessa "festa estranha com gente esquisita" que acontece aqui a cada quarto de hora.
Nova York em minha vida foi, e tem sido, uma surra constante.
Não, please.
Não se assustem.
Nada do que reclamar.
Mas, sim.
Venho apanhando diariamente ao tentar buscar meu equilíbrio.
Nada de masoquismo.
Detesto sofrer.
Mesmo porque, quando sofro, tomo remédios e disso, não gosto.
Mas hei de aceitar que 99% das vezes é na dor que crescemos.
Sim, essa era a idéia que tomava conta da minha mente até então.
Nunca me queixei de nada.
Absolutamente nada.
Juro.
Sou feliz dentro das minhas possibilidades e limitações.
Não esqueçam essa palavra: LIMITAÇÃO.
Porque, sou limitada, como todo ser humano.
Mas sou plenamente feliz naquilo que penso e faço.
"Mas o que mesmo ela faz?" - vocês devem se perguntar
E eu respondo:
Eu penso. E muito. A todo instante, todo momento. Todo segundo.
Esse é meu Karma:
NUNCA PARAR DE PENSAR.
E foi pensando nisso que decidi escrever um breve desabafo para todas as pessoas que estão e estiveram comigo nesse caminho.
Vocês não são apenas importantes.
Vocês são FUNDAMENTAIS na minha vida.
Façam-se presentes sempre que puderem.
Obrigada por tudo.
Shalom
Muitos beijos
Syl

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Vocês precisam conhecer ELOISE at THE PLAZA!!!


Ela chama-se Eloise.
Tem 6 anos.
Vive acompanhada do seu cachorro, Weenie e da sua tartaruga, Skipperdee.
A cor preferida de Eloise é rosa.
Rosa, rosa, rosa.
Os pais de Eloise viajam bastante e por isso ela conhece muitos lugares.
Sua Nanni é sua eterna companheira e a quem ela dedica grande parte do seu amor.
Mas a coitada da Nanni passa maus bocados com as trapalhadas da danadinha.
Atualmente Eloise mora num luxuoso hotel em Nova York.
O belíssimo The Plaza Hotel.
Mas, como ela detesta ficar parada, arruma confusão por todos lugares.
Ela gosta de aprontar.
Inventar.
Costuma deixar os concierges de cabelos em pé.
Na hora do lunch, ela sempre aposta corrida com Weenie pelos salões do hotel.
Não tem quem consiga segurar essa garota.
Eloise adora dançar.
Vive bailando pelas escadarias do hotel e muitas vezes cai e se machuca.
Eloise é faceira.
Esperta e adora festas.
Adora inventar roupas usando guardanapos.
Nas recepções de casamento que acontecem no hotel, ela sempre dá um jeito de aparecer sem ser convidada.
E muitas vezes termina na pista de dança como centro das atenções.
Vocês acreditam que, certa vez ela pegou o bouquet quando a noiva jogou?
Eloise é danada.
Uma loirinha linda e sapeca.
Quem vier a NY, faça o favor de vir tomar um drink no lindíssimo Hotel Plaza.
Quem sabe você não dá a sorte de encontrar Eloise e sua turma pelos corredores?
Vai ser uma aventura.
Posso garantir.
Fico por aqui e um beijinho na ponta do nariz
Syl


sábado, 13 de agosto de 2011

Não tive como fugir de mim...



Essa semana foi a semana olho no olho.
Recebi a visita de uma pessoa importantíssima na minha vida.
Uma pessoa que me conhece tão bem que até fiquei com medo de encontrá-la.
O medo não era dela, mas do que ela veria de novo em mim.
Porque, gente, até então, eu estou achando que estou aqui para aprender inglês e dar um "up" no meu CV.
Não tinha parado pra pensar que nestes 6 meses eu mudei como pessoa.
E, esperta como é essa minha amiga, no primeiro piscar de olhos ela captaria isso.
Bom, ela chegou num horário cruel.
Madrugada.
Momento em que eu estava mais EU do que nunca.
Foi o máximo quando a recebi.
Linda como sempre.
Brilho nos olhos.
Louca pra colocar a conversa em dia.
Porque ela é assim, direta.
Não disfarça nada, ela fala.
"Amiga você mudou."
Mudei, sim.
Muito.
E foi isso.
Mudei eu.
Ela também.
Crescemos nestes meses que passaram.
Amadurecemos.
E os dias que passamos aqui foram ótimos.
Ela cheia de lugares pra ir.
E eu acompanhando na medida do possível.
Como em todas nossas viagens, cansamos a boca de tanto falar.
E ficamos exaustas de tanto andar.
Ela continua faceira.
Eu continuo palhaça.
Mas ela tá diferente
E eu também.
Eu vi isso nos olhos dela.
E ela viu isso nos meus também.
Querida amiga, que Deus nos proteja sempre.
Que a nossa amizade seja sempre abençoada.
Porque como costumo dizer:
Para ser amigo é preciso disponibilizar um ombro.
Torcer por gargalhadas.
Mandar pra longe os julgamentos.
E, as poucas e verdadeiras amigas que tenho, foram representadas por sua visita.
Mil beijos e viva todas as fortes e sinceras amizades.
Syl


terça-feira, 9 de agosto de 2011

PECULIARIDADES DA CIDADE....CHICAGO!

Momentos interessantes:
Gigante! Mas não tão gigante quanto Marilyn realmente foi

Capoeira no parque em frente ao Michigan River. Bom de se ver!!

Momento álbum de casamento com todos os padrinhos presentes. E o engraçado é que eles saem no ápice da festa pra fotografar. A balada rolando e eles "posando".

Campanha publicitária da Ray Ban fotografando noivo, noiva e padrinhos com óculos da marca. Todos indianos. Animadíssimos. CLICK, momento registrado. Ação de marketing muito boa!!!

Na Michigan Avenue a gente encontra a maçã dos sonhos de muita gente.

Good luck...sem palavras. Lindo, lindo, lindo!!!

Essa MARY POPPINS do futuro ganha uma "grana" posando como estátua. Reparem na expressão de medo da japonesinha de óculos.

Estacionamento ventilado. Como deve funcionar no inverno? Medo de uma ré...

Táxi estiloso. Amei.

Pepê e Neném....perdidas em Chicago.

              Olhando esse ônibus de 2 andares dá pra ter idéia da altura da Marilyn.

Quero voltar!!!

Toda cidade tem sua beleza, seu encanto, suas peculiaridades.
Mas, sempre algo que pesa contra também.
Quando não é pela força humana, a natureza insiste em deixar sua marca registrada.
Pois é assim que vou iniciar este post sobre minha passagem por Chicago.
Uma das cidades mais gostosas que já conheci.
Tranquila, linda, civilizada, limpa.
Agradabilíssima.
As pessoas te olham nos olhos.
Dão bom dia.
Gostam de animais.
Preservam a família e os amigos.
Divertem-se com pouco.
Visitei lugares lindos como: 
Trump Tower 
Navy Pier
Michigan Avenue
Millennium Park
Deliciei-me com a maravilhosa culinária do Cheesecake Factory e do Texas de Brasil.
Mas encantada mesmo fiquei com a arquitetura dos edifícios.
Impressionante.
O moderno convive com o antigo em total harmonia.
A altura dos prédios, imensos, gigantescos, não agride em momento algum a natureza bela da cidade.
Chicago é uma mini Nova York.
Comércio aquecido.
Bons preços.
Receptividade excelente.
Foi um descanso e tanto para os dias corridos que vivo em NY.
Mas, como comecei escrevendo, reza a lenda que o frio de Chicago é de doer os ossos porque a proximidade do Lago Michigan e a geografia do Estado permite que um vento agressivo se faça presente no inverno.
E este inverno é rigorosíssimo.
Bom, se esse for um determinante para manter a cidade tranquila e organizada, que o frio, assim como o calor, seja sempre bem vindo a terra dos Bulls.
Mil beijinhos
Syl



segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Chicago, aí vou eu...


Pode parecer fácil para quem está de fora. Mas, morar em NY não é estar de férias constantes.
Ledo engano, queridos.
Sim, é uma cidade maravilhosa.
Com seus altos e baixos.
Suas peculiaridades.
Suas inúmeras características.
Mas não há dúvidas que trata-se de uma cidade tensa.
A mil por hora.
Tudo milimetricamente cronometrado.
Muitos excessos, como já descrevi pra vocês.
Portanto, implorei por uma semaninha de férias na minha escola.
E voei rumo a Chicago para, dentre muitas coisas, reencontrar um amigo amadíssimo de infância.
Eis que chego em Chicago e me deparo com uma grande cidade.
Mais calma, tranquila e acolhedora do que imaginei.
Quem mora aqui não cansa de falar do intenso e rigoroso frio que faz no inverno e perdura por quase 5 meses.
Isso deve-se a sua localização e a proximidade com o Lake Michigan.
Mas, no momento, aqui é verão e estou adorando.
Chicago é uma delícia.
Não percam a chance de conhecer se tiverem oportunidade.
Em breve posto mais informações, tá?
Um brinde a vida, a alegria e aos reencontros.
Laco, obrigada por tudoooooooo.
Beijos
Syl

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Whole Foods!!!


Se tem uma coisa que me deixa mais e mais surpresa a cada dia que passa em Nova York é a preocupação que os moradores daqui têm com a alimentação.
Isto me deixa extremamente feliz!
Porque comer bem e saudável é um dos meus grandes prazeres.
Confesso que pensei que teria problemas neste sentido.
Que chegaria aqui e encontraria crianças lindas, loiras e obesas, brincando sorridentes com seus pais loiros, não tão lindos e obesos também.
Mas, não.
Pelo menos, não em NY.
Existe, sim, especificamente em Manhattan, uma conscientização maior em relação a qualidade de vida.
Em cada esquina restaurantes oferecem um vasto cardápio de saladas.
Redes e mais redes de supermercados e lojas só de produtos WHOLE FOODS são normais.
Exemplos de mini lojinhas especializadas em:
Wraps com recheios LOW FAT.
Assim como os famosos Yogurtes frozen.
Sucos Smooths.
E cafezinhos com leites desnatados.
Tudo com baixa caloria e alto poder nutritivo.
E o melhor disso tudo é que, o fato de serem naturais, não necessariamente custam muito mais caro.
Um pouco acima da média das gordurosas batatas fritas e hamburguers, sim.
Mas nada que chegue a doer no bolso.
O que realmente destoa quando assunto é preço são as frutas.
Essas, sim, são caríssimas.
Mas acostumada com o Brasil, onde se plantando, tudo dá.
Não posso nem ousar comparar.
Mas, deixo aqui meu recadinho.
Vir para NY não significa engordar.
Mas é preciso ter força de vontade para resistir as tentações....que são muiiiitas.
Você pode e deve optar por uma alimentação balanceada até mesmo pra ter energia pra explorar tudo que essa megalópole tem pra oferecer.
E, na falta do acarajé, que tal o Falafel, hein?
Tão gostoso, quanto.
Beijos saudáveis
Syl 

domingo, 24 de julho de 2011

Friends with benefits!!!


Decepcionada com os péssimos filmes que assisti ultimamente em NY, como, Larry Crowne, Bad Teacher e o não menos chato, Horrible Bosses, decidi apostar minha última fichinha na estréia da semana.
FRIENDS WITH BENEFITS.
Muni a barriguinha de pipoca e fui apreciar o filme protagonizado por:
Justin Timberlake e Mila Kunis.
Na minha opinião, a mais nova queridinha de HOLLYWOOD.
Encantadora e brejeira.
E eu, preparada pra sair de lá, na melhor das hipóteses, com cara de boneca de cera, fui pega de surpresa.
Não pela produção, figurino, trilha sonora, atuação ou fotografia.
Mas pelo argumento.
Friends with Benefits nos apresenta claramente o que os jovens de hoje em dia estão vivendo emocionalmente.
A gangorra pela qual estão passando.
Como apostar numa possível relação sem perder amizade do parceiro?
Porque muitas vezes o sentimentos de carinho e tesão se confundem.
Isso é fato.
Perder um amigo é pior do que perder uma deliciosa paquera?
Ou perder um futuro namorado é pior do que perder um amigo?
É melhor dormir com quem a gente conhece ou com quem não conhece pra não precisar dar satisfação?
Sinceramente, a minha geração não foi preparada pra trabalhar sexo separadamente de relação.
E isso trouxe muita culpa para gente.
Mas a geração que está aí, não.
Esse peso eles não levam nas costas.
Logicamente, levam outros.
Mas neste quesito, o sexo é assunto menos complicado.
E o filme nos mostra que não há nada de promíscuo nisso.
Muito pelo contrário.
Eles estão se permitindo.
O filme tem um time interessante.
Mostra uma boa química entre os atores.
E a história tem uma narrativa gostosa.
Despretensiosa.
Um bom filme pro verão americano.
Grata surpresa.
Ressalto apenas que lembrar do uso do preservativo seria importante....
No mais, nada de concorrer ao Oscar.
Mas depois de assisti-lo, um bom sorvete vale a pena.
Beijinhos.... com benefícios.
Syl

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Suco de maçã x Starbucks


Agora tô confusa.
Mexeram com minha preferência.
Como consumidora, confesso que minha fidelidade foi colocada a prova.
Icee Coffee tá numa ciumeira danada.
Mas o fato é que a Starbucks perdeu um pouco de espaço no meu coração....por uns tempos.
Pois, tentando me livrar do calor desumano que está fazendo em NY, decidi não sair de casa até o momento de ir pra aula.
E, como tenho pressão baixa, nem pensar em sair com estômago vazio.
E ainda por cima sem me hidratar.
Foi então que descobri no CRISTEDES (rede de supermercados) um produto que me deixou apaixonada.
Não sei se foi a embalagem que me conquistou (assunto de marketeiros) ou a necessidade de voltar a ser criança.
Só sei que, pra mim, foi como se tivesse descoberto a pólvora.
Trata-se de um suquinho encorpado de maçã.
Nada de canudos, colher ou algo que necessite me conduzir até a cozinha.
Ele já vem pronto e é uma delícia.
Chama-se GOGO SQUEEZ APPLE.
A marca é francesa e chama-se MATERNE.
100% fruta.
Sem adição de açúcar
60 calorias cada saquinho.
Sabores:
Maçã com banana
Maçã com canela
Maçã com morango.
Delícia.
E esse mundo de sucos que vocês estão vendo na foto acima, são todos meus.
Estava na promoção e eu quis garantir meu verão inteiro fresquinho com ele.
Beijinhos e fica dica
Syl

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A estrela que me guia!!!



A minha pré-adolescência, não foi fácil, confesso.
Passei por uma grande perda aos nove anos quando meu pai partiu e deixou nossa família em miúdos de saudades.
Difícil também foi minha ligação com a religião.
Ser judia, para mim, era motivo de muitas dúvidas.
Pois essas dúvidas geravam muitas perguntas.
E essas perguntas eu não sabia responder.
A fonte onde eu bebia informações sobre minha religião eram as histórias contadas por minha avó que, por sua vez, fugida da Polônia na grande guerra, não se casou com um judeu ao chegar na Bahia.
O mesmo caminho seguiu minha mãe.
Ou seja, nasci de ventre judeu, mas não tive uma criação religiosa que seguisse rituais.
Dessa forma, vivia numa corda bamba ecumênica.
Cresci.
Mudei de Estado.
Anos depois, de país.
E foi justamente aqui em NY que, sentindo falta do meu lado espiritual e religioso, decidi ir atrás dos meus patrícios.
O destino já havia encaminhado alguns sinais.
E, aos poucos, eu tentava desvendá-los.
A minha primeira e grande amiga, judia. 
O médico que me ajudou numa difícil situação de saúde, judeu.
A pessoa que me alugou um bom lugar para morar, judia.
E pra finalizar, eis que surge em minha vida uma pessoa muito, muito especial que decidiu me instigar a resgatar contato com minha religião.
Não estou aqui querendo, de forma alguma, mostrar que essas pessoas são melhores do que outras.
Nada disso.
Mas elas apareceram em momentos muito representativos para mim.
Através delas enxerguei um passado que me pertencia.
E, foi numa conversa, que fiquei sabendo sobre um grupo formado por jovens onde todos os sábados "Shabbats" se reuniam para rezar, relembrar suas origens e agradecer pelo que são e pelo que tem.
O grupo chama-se MJE.
Manhattan Jewish Experience.
Fundado pelo rabino Mark N. Wildes em 1998 é uma referência para jovens, que assim como eu, possuem pouca ou nenhuma experiência com o judaísmo.
Jovens interessados em aprender.
Conhecer uns aos outros, à sua comunidade, e a história do seu povo.
Hoje, olhando pra trás, vejo minha avó contando com certa nostalgia, sobre sua vinda da Polônia com a família pequena. 
Seus pais, um irmão e uma irmã.
Tanto sofrimento e um recomeço que ela soube fazer tão lindamente.
Agora sei que não estou mais sozinha em NY.
Nem em qualquer lugar do mundo.
Hoje minha identidade está mais completa e com alicerces mais firmes.
Carrego com orgulho a minha estrela no coração.
E divido com vocês, a alegria de estar aprendendo mais sobre a minha história e da minha família.
Pra finalizar, deixo dois recados:
1-Obrigada a pessoa que, com doçura me apresentou aos meus novos amigos.
2- Mãe, acho que você vai ter que esperar mais um pouquinho pra me receber no Brasil.
Pois antes, vou até lá...
Lá em Israel agradecer por tudo.
Que a estrela de David brilhe no coração de cada um de vocês.
Com todo meu amor
Syl



domingo, 17 de julho de 2011

A busca...


O que me encanta em NY não é o fato dessa ser a cidade onde as culturas se encontram e convivem pacificamente entre si.
Mas o fato dela escancarar as portas incitando você a assumir quem você realmente é.
Aceitar.
Enquanto os dias passam, os meses se alternam e o ano insiste em acelerar o passo, é fácil perceber as mudanças que ocorrem por aqui.
Por isso talvez, as estações sejam tão determinantes e tão respeitadas por estes lados. 
No meu caso...passei pela dor da borboleta, sabem?
Aqui, depois de duras penas, passei a aceitar e compreender que os meus defeitos, me engrandecem tanto quanto minhas qualidades.
Não preciso me esconder deles, nem escondê-los de ninguém.
Tenho que, assim como aos mais velhos, respeitá-los.
Seguindo o ditado conhecido: Já que não posso derrotar meus inimigos, me alio a eles.
Não que eu ache que minha impaciência, meu senso de urgência, minha dramática personalidade ou minha pouca tolerância, seja algo que deva me inflar de orgulho.
Muito pelo contrário, fico preocupada em parecer prepotente, sometimes.
Mas, sei que, ao mesmo tempo, eles são o tempero da minha personalidade.
Pois, na tentativa de me tornar alguém melhor, meus defeitos ajudam com que eu me enxergue verdadeiramente.
Hoje eu me respeito.
Juro.
Não forço a barra com o que não funciona comigo.
E mais, me presenteio quando concluo minhas tarefas onde sei que rompi barreiras, ultrapassei limites dosando minhas qualidades com defeitos.
Seja com um big Icee Coffee, uma sessão de cinema, ou um capítulo inteiro de Insensato Coração.
Quantas vezes não me pego pensando: - Isso, Syl. Vamos lá. Boa menina, boa, menina.
Sou minha mãe, minha vó, meu irmão, minha melhor e minha pior amiga aqui.
Outro dia me dei bronca no espelho.
Calma.
Em NY isso é aceitável.
Mas precisei dizer: Não deixe a bola parar por bobagem, Nada de manha, hein!
Isso, não.
É minha gente, tem 2 coisas que doem e custam caro:
CRESCER e CONHECER.
Quando a gente cresce, assume responsabilidades.
E quando a gente conhece, não existe a desculpa da ignorância.
Por isso, se busquem.
Seja numa fazenda, dentro de casa, numa nova faculdade ou na religião.
O auto-conhecimento é um dos processos mais delicados e dolorosos que existe.
Mas vale a pena.
E NY, chama a gente pra isso.
E agora, que me conheço melhor e banco meus defeitos, deixe-me correr em busca da minha liberdade.
Pois, como diz, Fabrício Carpinejar, escritor, poeta que tanto gosto e admiro:
"Liberdade na vida, pra mim, é ter um amor para se prender."
Mil beijinhos
Syl