quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sex and the city!!!


Para tudo.
Parem todos.
Vocês não sabem o que ouvi hoje.
Algo mais que chocante.
Desafiador.
Ouvi que o seriado "SEX AND THE CITY" foi um marco negativo na tentativa das mulheres se mostrarem independentes.
Isso mesmo.
Quatro homens conversavam abertamente sobre o assunto e eu, na mesa ao lado, ouvia tudo claramente.
O idioma em questão soava como vinho aos meus ouvidos.
Uma beleza.
Eles alegavam que os temas abordados deixavam as personagens vulgares e neuróticas.
Consideravam as quatro figuras, meras "patricinhas" fofoqueiras.
Emocionalmente perdidas, em busca de sexo, futilidades e bagunça.
A minha reação na hora foi fingir que não era comigo.
Mas no fundo, era.
Comprei os 5 episódios e assisti  todas as cenas em 1 única semana.
Lembro que devorava os dvds com olhos ávidos na tela da TV.
Parei pra refletir sobre as colocações dos rapagões e tentei, por um instante, buscar o meio termo.
Será que eles estavam com a razão?
De certa forma, o seriado, narra, sim, de maneira bem clichê a vida de 4 mulheres de personalidades distintas que, emocionalmente, não têm grande estabilidade.
Tudo isso atrelado a um universo masculino onde os homens parecem meio perdidos.
Só podia resultar nisso: histórias que beiram a realidade com grande pitada de humor e irreverência.
Aliás que graça têm comentar relações entre homens e mulheres se não por um dos lados da questão?
Foi aí que bateu a contradição na minha cabeça.
Será que estamos nos enxergando como mulheres emancipadas, enquanto eles estão nos achando permissivas demais e de valores baratos?
A verdade é que para nós, muita coisa mudou.
Mas para eles, mudou para pior.
Foi então que tomei conta do que estava acontecendo.
Sobre o que aqueles quatro engravatados discutiam mesmo?
Homens e o universo feminino.
E sobre o quê o seriado aborda?
Mulheres e o universo masculino.
Ai, ai.
Todos em busca do mesmo denominador comum: Como ser feliz com o sexo oposto, ou com o mesmo sexo?
Pedi minha conta e chamei um táxi sem gritos, nem roupas escandalosas.
Afinal, esse exagero só vai bem na ficção.
Fico por aqui.
Beijinhos e um MR BIG beijo pra vocês
Syl

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Fala (baixo) que eu te escuto.


Olha, vou te contar.
Mas vou contar baixinho, tá?
Se tem uma coisa que estranho muito em NY é como as pessoas falam alto aqui.
Creio eu que a barulheira da cidade está deixando as pessoas surdas.
E, por consequência, o que eu tomo de susto aqui com a gritaria, não é mole, não!
Susto de dar pinote.
Porque é normal vermos duas pessoas conversando e de repente elas alterarem o tom de voz.
Mas sempre falar assim?
Aos berros?
Confesso que sou uma pessoa um pouco irritável com sons.
DETESTO GRITINHOS.
Mas vamos lá.
O problema daqui é que o indivíduo não precisa estar acompanhado pra falar alto, não.
Basta ter um negocinho daqueles de celular enganchado na orelha que já começa a gritaria.
Coisa de louco.
Juro.
Estou eu na calmaria da rua, esperando o sinal abrir para que eu possa seguir meu caminho, quando de repente ouço
-I SAID NO.
-Oi? - pergunto pra mulher.
- I SAID NO, NO, NO. STOP KEN. STOP. LET ME TALK TO YOUR FATHER.
-Ufa, pensei que estava falando comig...
-LET ME TALK TO YOUR FATHER NOWWWWWWW.
Recolho-me a minha insignificância, mas ela continua.
-STOP, CAROLINE. STOP.
Tudo aos berros.
Dane-se a intimidade da família.
Falam alto mesmoooo.
Não bastasse isso, as teenagers estão indo pelo mesmo caminho.
Quando passa uma turminha de cinco, trio elétrico na Bahia perde fácil a concorrência.
Claro, esse não é um privilégio só das mulheres aqui, não.
Inúmeras vezes, descendo as escadas do metrô, rezo pra que os berros que ouço não seja um assalto, tentativa de homicídio, sei lá.....
Não tenho sangue pra isso, não.
Agarro minha bolsa e sigo entoando meu mantra contra violência.
Ao chegar na plataforma:
Dois homens discutindo e rindo sobre um jogo de basquete.
A um passo de infartar ainda penso em pedir:
-Pelamordedeus, falem baixo.
Tenho pra mim que a culpa é desses fones de ouvido que vivem no volume máximo, deixando NY surdinha.
De qualquer forma, como manda a boa educação:
Falar baixo sempre é bom.
E a galera dos tímpanos em ordem, agradece.
Beijos e shhhhhhhhhh
Syl

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Longe de mim ser modelo de algo. Isso, não!


Relendo alguns posts do blog fiquei receosa em passar a imagem de que minha vida aqui é feita de lições bonitinhas.
Receosa ainda mais de passar para vocês que aqui sou A ANIMADA DE NOVA YORK.
Aquela figura que sai cantando na rua dando bom dia para as flores e para os porteiros.
Que não comete deslizes e que o mundo maravilhoso de OZ está sempre por perto.
A verdadeira Dorothy.
Longe...
Muito longe disso ser a verdade, ok?
Como dizem no Brasil: Aqui eu bato cabeça o tempo todo.
Seja comprando algo errado.
Falando besteira.
Pegando a linha oposta do metrô.
Tudo isso eu faço constantemente.
E tem mais, ainda fico mal criada quando perco tempo.
Cometo um monte de pequenas bobagens.
Bebo água direto da garrafa da geladeira.
Esqueço de levar o livro pra escola.
Falo palavrão em português.
Tenho dias de impaciência no meio da aula.
Vixe!
Tem horas, então, que dá vontade de gritar: Saiam da minha frenteeeee.
Isso quando não me recuso a dizer: Good morning.
Perguntas bobas no meio da aula, me deixam irritadíssima.
Colega mastigando chiclete do meu lado me faz trocar de lugar na mesma hora.
O que eu quero deixar claro é que não tenho vida modelo em nada.
Nem quero.
Aliás, acho até que, através desse meu olhar muitas vezes ranzinza, é que encontro a piada do dia.
Quer um exemplo de imperfeição abrasileirada?
Lá vai...
Baixei um site onde vejo a novela das oito todo final de domingo.
Pode?
Ahhhh, faça-me o favor.
Assistir somente seriados americanos onde não consigo rir de nada, não tem quem aguente.
Fico louca de alegria quando ouço a musiquinha de INSENSATO CORAÇÃO.
Pronto, falei.
Assumo que Ny tem me feito aprender horrores, mas daí a achar que aqui estou quase escrevendo um livro de auto ajuda...
Putz.
Isso, não.
Aliás, ser modelo de algo aqui em NY é de uma cafoniceeee.
Um beijo pra vocês e viva quem se considera uma metamorfose ambulante
Syl

sexta-feira, 15 de abril de 2011

As coisas se invertem!!!


Impressionante como a gente passa a SE entender melhor quando estamos longe da nossa família e do nosso país.
Em Nova York então...putz...nem se fala.
Quando, em minha vida, eu me pegaria sambando sozinha num minúsculo apartamento, ao som de uma banda de pagode?
Conseguem me imaginar cantando as músicas de Ivete no último volume ao ponto dos vizinhos enlouquecerem comigo batendo na porta para que eu diminua o volume do som?
Quando, em minha vida, eu vibraria ao receber de presente de uma amiga, a biografia de Cleópatra escrita em português?
Só estando longe mesmo para a gente entender quem a gente é de verdade.
Precisamos nos afastar de tudo e de todos para encontrarmos nossa verdadeira essência.
O convívio e a rotina, muitas vezes, podam nossa personalidade.
Castram-na.
Mas nada como a abstinência.
Seja ela do tipo que for.
Deixar de ter....faz falta.
Desprender-se é uma bênção.
A distância e a ausência fazem MILAGRES.
Faz a gente crescer a base de chibatadas.
Quer saber o que você descobre?
Que disse-me-disse é uma droga.
Coisa de gente miúda.
Da raça PEQUENÊS.
Digo isso porque de longe a gente enxerga melhor.
A gente percebe muito mais.
De longe as sensações clareiam estupidamente.
Tudo fica mais fácil de sentir e entender.
Mas, em contrapartida, as emoções afloram.
A TPM vira O MONSTRO DO LAGO NESS.
Eu, nessas horas, não me suporto.
Penso em pedir férias de mim.
Não sei se é porque estou em NY ou se é porque NY está começando a fazer parte de mim.
Mas a verdade é que essa cidade é tudo muito... tudo.
Um não, não é um simples não.
Um não é um NÃÃÃÃO.
Uma dúvida dói.
Pra nós latinos, então, torna-se um drama da alma.
Nova York é pra quem está disposto a suportar oscilações de humor.
Amor, compaixão, medo, dor, raiva, alegria, felicidade e um pouco de tédio.
Acredite, a gente sente tudo isso, em apenas um turno do dia.
Impressiona.
Amedronta.
Tudo é MUITO tudo.
E nada é MUITO nada.
Portanto vai um conselho:
Quer romper laços?
Quer recomeçar?
Quer se reconhecer?
Compre um guia do país pra onde está indo, leve um bom livro, remédios pra dor de cabeça (pode ser chá de camomila ou erva-cidreira) e se jogue.
Mesmo porque, como já dizia Fernando Pessoa:
TUDO VALE A PENA SE A ALMA NÃO É PEQUENA.
Muito beijos.
Syl

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A catraca quando emperra...


Todo dia quando chego no prédio e coloco meu cartão de leitura óptica para entrar na escola, a catraca emperra.
Não tem jeito.
Basta passar o cartão e tentar seguir em frente, que a danada se recusa a me deixar passar.
Fico eu, empurrando com a côxa de um lado.
E a catraca travada do outro.
Perco cerca de uns três minutos lutando contra a impossibilidade de entrar no Empire State Building.
Pra resolver o problema, sempre vem um capitão-guarda fardado, que trabalha no edifício, pra me ajudar a entrar.
Ele pega meu cartão com jeitinho e, em menos de segundos, a descarada da catraca, PIN, fica verde.
Isso aconteceu tantas vezes, que decidi buscar um comparativo desta situação com meu dia a dia.
A luta contra o que não se pode peitar.
Porque aqui nos EUA, conseguir as coisas é uma batalha diária.
Vide a catraca teimosa.
Tudo suga muito a nossa energia.
Tudo é muito "pra ontem".
Minha professora por exemplo, força tanto o aprendizado da turma, que saio da aula absolutamente exausta.
Louca pra chegar em casa e me jogar na cama.
Até de massagem eu fico precisando.
Verdade.
Ela faz a gente raciocinar em inglês durante as cinco horas seguidas.
E eu sou da teoria de que, se não estamos sempre a buscar crescimento, nosso cérebro definha.
Então, vou na dela.
Me jogo.
Porque uma coisa é fato: aprender cansa.
São novas sensações que instigam a gente o tempo todo.
Um eterno estado de alerta que, até para comprar um café é preciso respirar fundo e pensar em todas as possibilidades pra atingir o objetivo final.
Porém, se a gente não for sempre com moderação, perde oportunidade de entender a lição.
E, como é a primeira vez que moro fora do país, estou identificando aos poucos o exagero de força que preciso desprender para o dia ACONTECER.
Portanto, se não cuidar da saúde, não limpar a casa, não fechar a janela, as consequências darão mais trabalho do que o simples fato de se prevenir.
Isso.
O povo americano é prevenido.
Coisa que, confesso, estou aprendendo bastante a ser.
Portanto, para evitar que as catracas emperrem, sempre é bom pensar 2 vezes e ir com calma antes de agir.
A vida fica mais leve e as pernocas agradecem.
PIN, podem entrar.
Beijos
Syl

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Reza a lenda dos amores...


Para mim foi uma surpresa.
Na verdade, uma baita surpresa.
O número de visitações de leitores interessados no post sobre os homens americanos me deixou boquiaberta..
Juro.
Não esperava que essa curiosidade fosse dar tanto pano pra manga.
Até me questionei se os leitores estavam interessados nos costumes da cidade ou sobre o pega-pega aqui.
A segunda opção deu mais IBOPE, confesso.
E, se é isso que vocês querem, é isso que vocês vão ter.
Não sou especialista no assunto e muito menos conhecedora sobre relacionamentos com estrangeiros.
Muito pelo contrário.
Num passado recente, bastava não falar meu idioma que eu corria léguas....submarinas e terrestres.
Mas morando no exterior, meu amor, não tive como fugir.
Sou humana e mulher.
E mulher é igual no mundo INTEIRO.
Carente desde nascença.
Já nascemos pensando:
"Porque ele não ligou?"
É fato.
Mas como o mundo se reúne neste cantinho de terra chamado Nova York, mais especificamente em Manhattan, é fácil perceber, sentir, observar o que acontece a nossa volta.
E, AQUI ENTRE NÓS, sentido de percepeção e observação, Deus exagerou na dose comigo.
Vamos lá:
Italianos: apague tudo que já aprendeu sobre o romantismo deles.
Podem até ser galanteadores, mas se virem a quilômetros de distância um grupo de amigos, vão deixar você sentada e sair esfuziantes atrás da galera.
Abraçá-los, beijá-los, beijá-los, abraçá-los, perguntar pela mãe, pelo pai, chamar para sentar na mesa com vocês e, se duvidar, na mesa ENTRE vocês.
Em relação aos judeus, não vai ser fácil vê-los sozinhos dando bobeira pela noite.
Porém, se estiverem em grupo, mesmo sabendo que não costumam dividir assuntos com quem eles não têm referência, tente fazer amizade com alguma garota judia da turma.
Elas, sim, irão te receber super bem, fazendo a ponte entre você e os lindinhos.
Eles são ótimos, viu?
Apaixonantes.
Bom, sobre os orientais...
A famosa turma dos olhinhos puxados, são uma simpatia.
Gentis e companheiros.
Aceitam tudo.
Riem de tudo.
Não precisa nem ter motivo.
Dá vontade de levar pra casa.
Levar pra casa pra fazer um chá, uma massagem, até lavar umas roupas, se preciso for.
Porque comunicar-se com eles é uma via de mão única.
Você fala e eles só balançam a cabeça.
"Posso te dar um beijo?"
Eles balançam a cabeça.
"Posso vestir você de Lady Gaga?"
Eles balançam a cabeça também.
Ou seja, feeback, zero
Americanos: leia-se novayorkinos.
Começarão a reparar em você se estiver magérrima, em cima de um salto alto, com uma roupa transadíssima.
Mas nada vulgar, pelamordedeus.
Bunda grande, digo logo, não é atrativo.
Ao contrário dos latinos.
Estes, se você estiver com uma roupa justa, popozuda, cinturinha fina e sorriso fácil, com certeza vai sair com um telefone de um "gatino" (gatinho + latino) na bolsa.
Mas geralmente, é só o que querem.
Seu corpinho e muito blá, blá, blá.
Sobre os alemães... o que falar?
Todas as vezes em que estão conversando, penso que estão brigando e se ficam empolgados, posso jurar que estão querendo matar alguém.
Desta forma, não tenho nada interessante a declarar.
E, por fim, os brasileiros.
Pra estes não tem regras.
São totalmente despudorados.
Chegam pra conversar você estando feia, bonita ou mais ou menos.
O que eles gostam mesmo é do amasso.
A maneira como vão conseguir isso é o que menos importa. 
E, por mais cafajestes que possam parecer, é por eles que as mulheres se encantam! 
Depois deste menu, fica com vocês o veredicto final.
Boa sorte é o que desejo a todas e a mim também.
Muitos beijos em todos idiomas.
Syl