segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Quanto vale seu trabalho???!!!


Se tem uma coisa que me intrigou bastante nos EUA foi a forma como o americano lida com dinheiro.
Muito, muito diferente da relação que nós, brasileiros, temos com o "Faz-me rir."
Primeiro que um dólar tem muito valor.
Moeda são mais do que bem vindas.
E qualquer troco, seja o valor que for, é entregue corretamente.
Nada de chicletes e balas para "interar" o dinheirinho que nos volta por direito
Mas o mais intrigante é que numa das matérias que estudei, chamada American Way, aprendi que, tornar-se rico, é motivo de orgulho.
Tornar-se rico é possuir uma vida material saudável.
Conforto.
Bens.
Ser rico não gera desconforto porque significa árdua dedicação ao trabalho.
Sim, sim.
Também acredito que existam malandros que desviam verba, alimentam caixa 2 e sonegam impostos na terra do Tio Sam.
Mas a lei pune.
E pune mesmo, pois a economia americana gira em torno do comércio.
E boicotar o ESTADO, quebra a máquina.
Prejudica todos.
Essa consciência impera.
Desta forma, ter dinheiro e ser rico merece aplausos.
Orgulho.
Coisa que no Brasil ainda não nos acostumamos.
É cultural, certamente.
Talvez por isso, na América tantos milionários candidatem-se a cargos políticos.
Vide Mitt Romney
Mas porque será?
Porque subentende-se que, pra construir patrimônio, o candidato dedicou muito tempo da sua vida ao LAVORO.
Entendam, não quero levantar nenhum tipo de bandeira contra ou a favor dos americanos.
Apenas comentar que é normal perguntar quanto a pessoa ganha.
Porém, perguntar a idade, mesmo quando se é jovem, é vergonhoso.
Interessante, não?
Fico por aqui.
Muitos beijos em dólar, euro e real,
Syl

domingo, 23 de outubro de 2011

Perdidinha Orenstein Tourinho!!!


Sim, confesso, estou ausente por aqui.
O motivo?
Não sei.
Continuo amando escrever, mas deu um branco de inspiração.
Como o branco é a cor que reúne todas numa só, esta é a razão.
Muita coisa acontecendo e eu querendo buscar uma delas pra contar pra vocês.
Resultado: não está dando tempo de digerir tudo.
Cada dia uma sensação nova.
Ontem uma jovem e sua filha pequena passaram por mim e sorriram.
Tomei um susto, juro!
Estava desacostumada.
Até olhei pra trás pra ver se era comigo mesma e... era.
A mudança de Nova York pra Califórnia está me fazendo questionar sobre como fiquei associada a Big Apple.
E como mudar isso se, afinal de contas, agora a história é outra.
Nada de correria: estou fazendo Yoga.
Nada de barulho: Nunca ouvi um carro buzinar por aqui.
Nada de compras enloquecidas: o comércio da cidade se restringe a poucas e delicadas lojas de rua.
Nada de jantares exorbitantes: A cozinha dos restaurantes fecha as 10:30pm.
Nada de homens engravatados: A cada esquina tem um "galêgo" com uma prancha de surf embaixo do braço.
E agora. onde me encaixo?
Tô perdidinha.
Interiorizando o momento e buscando a paz neste lugar.
Significado de calmaria: Manhattan Beach
Significado de bons modos: Manhattan Beach
Significado de pessoas: Manhattan Beach.
Portanto, vou ser feliz um pouquinho aqui e já volto.
Ah! E se além de tudo isso, ainda quiserem ver flores lindas, definitivamente: Manhattan Beach.
Mil beijinhos e flores pra vocês.
Saudades,
Syl

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A lição de uma criança chamada SYLVIA!!!


Não dá pra acreditar que passaram-se 365 dias desde minha chegada a NY.
Parece que foi ontem.
O que me intriga é que, relendo os posts antigos, não consigo entender como captei com tanta verdade tudo que aconteceu aqui.
Minha visão sobre a cidade e suas peculiaridades continua, absolutamente, a mesma.
Esse lugar é mágico.
Fascinante.
NY me fez sorrir muito.
Fui feliz o bastante para dizer que repetiria tudo novamente, se preciso fosse.
Porque vocês hão de convir comigo:
Morar fora é uma excelente forma de enxergar quem somos.
Na verdade, a minha grande dificuldade não foi aprender um novo idioma.
Isso, sem modéstia, não foi o maior dos desafios.
Dificuldade mesmo foi aprender a lidar com minhas emoções.
Sou brasileira, gente!
Brasileiro é MUITO emotivo.
Espaçoso.
Anda em turma.
Aqui isso não acontece.
Então eu me pergunto: Meu Deus, como consegui lidar com a solidão?
Com me tornei introspectiva?
Como me convenci tantas vezes de que a vida é feita de "bola pra frente"?
Juro a vocês:
EU NÃO SEI.
Em muitos momentos, não levantei da cama.
Em muitos momentos, pensei que fosse enlouquecer.
Mas, em todos estes momentos, sempre soube que a opção de continuar era uma escolha minha.
Eu quis isso.
Foi uma viagem muito mais interna do que externa.
Eu me conheci nessa cidade.
Lidei com sentimentos que nem sabia existirem.
E tratei deles com muito cuidado e carinho.
Digo e ratifico:
Conhecer NY é lição fundamental na vida de qualquer pessoa.
Não encontrei o glamour.
Muito menos facilidades aqui.
Encontrei uma pessoa sedenta por crescimento.
Uma pessoa entalada de medos e questões.
Alguém que nem sabia ser tão forte e tão delicada ao mesmo tempo.
Tentei me proteger ao máximo dos fantasmas que me assustavam.
Hoje sou mais justa.
Mais humana.
Hoje tenho um pouco mais de receios.
Mais amor ao próximo.
Hoje olho para minhas limitações e as vejo como uma senhora de idade que precisa ser respeitada.
E, dedico tudo que escrevi a quem, por um minuto que tenha sido, entendeu o que eu quis passar.
Espero ter me feito clara nas considerações.
Obrigada pelos comentários, pelas dúvidas, pelas questões.
Por viajarem comigo.
Desejo a vocês PAZ.
Muita paz.
Paz de espírito e sono tranquilo.
Porque é disso que precisamos.
No mais, valeu a pena...
Ah! isso valeu.
Muitos beijos e avante,
Syl

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Onde há fumaça, há...churrasco.


Anna é uma amiga do Rio com a qual não mantinha contato há anos.
Pois não é que viemos nos reencontrar em NY?
Ela chegou da mesma forma que eu, louca para desvendar os mistérios da Big Apple.
E, no papel de uma boa cicerone, abracei Anna e tentei facilitar ao máximo sua estada aqui.
Resultado: ela veio morar comigo.
Estamos dividindo até a cama.
Tratei logo de apresentá-la algumas pessoas que conheci aqui e em contrapartida, ela me apresentou a brasileiros que moram em NY.
Incrível, mas nestes trezentos e tantos dias, nunca soube onde estava a galera do meu país que mora aqui.
E Anna, em menos de duas semanas me apresentou a uma dúzia deles.
E lá fomos nós, animadas, a um churrasco que estavam oferecendo.
Delicioso.
Me senti em plena Gávea, no Rio de Janeiro
Rolou pão de queijo, cervejinha, picanha...
Tudo isso misturado a sotaques e expressões que eu já não ouvia há tempos.
Eis que de repente, chegam convidados inesperados.
Os bombeiros.
Assustados com a fumaça vista da rua, os encapotados surgiram como duendes no meio da floresta.
Como não desconfiamos que isso iria acontecer?
NY, ora bolas.
Ao sinal de algo estranho, principalmente depois do 11/09, eles ficam ensandecidos.
Ainda mais se o "algo estranho" produz fumaça.
Não teve conversa.
Jeitinho brasileiro, só funciona no Brasil.
Fomos proibidos de continuar com nosso ritual canibalesco.
Perdemos a comida, mas não perdemos o samba.
Principalmente por saber que não estávamos fazendo mal algum.
Funcionou como uma lição pra mim que, muitas vezes aqui, me desculpei por esbarrar em árvores.
Esse é o perigo de NY, se a gente não se vigia, com o tempo começamos a sentir culpa pelo que nem fizemos.
No mais, a festa continuou e Anna teve mais um motivo para amar essa experiência.
A experiência de se descobrir em NY.
Um beijo com gostinho de carne na brasa.
E, Anna.... o mundo de felicidades pra vc nessa imensidão, amiga!
Syl

sábado, 1 de outubro de 2011

Para os roqueiros, funkeiros e a turma do axé!!!!!


Sem querer tomar partido dos roqueiros, pagodeiros, funkeiros, muito menos de todos que curtem axé.
Me respondam:
Aonde leva a discussão de quem fez melhor ou pior no rock in Rio 2011?
Trata-se de um festival de música, gente.
Cada qual no seu cada qual.
Se a Cláudia Leitte mostrou-se insatisfeita com a receptividade do público, deixem que ela se expresse, ora bolas.
Se muitos não aprovaram essa manisfestação e decidiram tornar o assunto mais agudo, deixem que se expressem também.
O que não é saudável, é criar um ambiente de desavença entre músicos e artistas dentro do próprio universo.
No nosso país, diferentes manifestações culturais é o que não nos falta.
Aqui nasceram e nascem grandes estrelas que brilham, com ou sem imprensa.
Existe espaço para todos.
Cada qual que se manifeste da sua maneira.
Defenda-se, Claudinha.
Ataque, nosso jornalista roqueiro.
Mas que isso se torne uma discussão saudável.
Porque, quem está de fora, não quer tomar partido.
Quer ouvir, dançar e curtir.
Música existe para ser sentida.
Este é o propósito.
E é isso que esperamos dos nossos artistas:
Que nos apresentem o melhor de si.
Como dizia Nelson Rodrigues:
A unanimidade é burra.
Parabéns para Claudinha.
Parabéns, Ivete.
Sua sensibilidade fez doer nossas mais desconhecidas emoções.
Parabéns a todos que se entregaram por inteiro, corpo e coração, ao Rock in Rio 2011.
O público gosta de quem gosta do que faz.
Baixemos as armas.
Deixemos um pouco de lado as assessorias de imprensa e façamos com que nossos ritmos se difundam.
Independente de preferências particulares.
Paz para qualquer manifestação cultural.
Viva nós....brasileiros.
No mais, sem julgamentos
Com carinho
Sylvia Orenstein Tourinho