sábado, 28 de maio de 2011

O cliente em primeiro lugar?


O que me intriga constantemente em NY é o fato dos comerciantes não lutarem pela presença dos clientes em seus estabelecimentos.
Muitas vezes parecem nem perceber que você está interessado em conhecer o lugar.
Verdade!
Se você não mostrar interesse, problema seu.
Por exemplo, se entro num bar e o ambiente por si só não me agrada, dou meia volta, agradeço e me mando.
No drama.
Ninguém virá atrás de mim oferecendo uma mesa melhor, uma bebida dobrada ou o aperitivo da casa.
Nada.
Garçon camarada como no Brasil?
Só rindo mesmo.
Aqui tem disso, não.
Garçon só anota pedido e pronto.
Não vira amigo de infância como estamos acostumados a ver.
Quem manda são os hostess.
Os poderosos de plantão.
Eles simplesmente agradecem por você ter sido educado o suficiente para achar que aquele lugar não faz seu gênero.
Muitas vezes isso soa maravilhosamente bem.
Não preciso mexer na minha caixinha de desculpas para apresentar um bom motivo que os convença de que não gostei do lugar.
Esteja ele cheio ou vazio.
Mas muitas vezes também soa mal.
Tal como um descaso.
Como se minha presença não fosse necessária e nem desejada ali.
Se não tem uma mesa disponível no lugar onde eu gostaria sentar, não adianta insistir.
As pessoas que estão na mesa que eu gostaria de estar são infinitamente mais importantes pra eles do que eu.
E eles não vão ficar me mimando até o momento do pessoal ir embora.
Essa possibilidade não existe!
É assim que funciona.
Como observadora, marketeira e sagitariana que sou, tudo me instiga, pois muitas vezes pensei nessa atitude como um marketing negativo.
O que na verdade, não é.
Muito pelo contrário.
A lição: Saiba que vai ter sempre quem queira esperar e você NUNCA vai esquecer que aquele lugar vai ficar no gostinho.
Parece loucura, não é?
Mas essa é a lei da oferta e procura na sua mais pura essência.
De uma forma meio estranha, mas é.
Funciona em NY como não funciona em qualquer outro lugar no mundo.
E ao contrário do que possamos pensar, os lugares se mantém firmes e fortes.
Cheios ou vazios, tudo é uma questão de ponto de vista e de estação.
E quando o assunto é clientela e sazonalidade, o americano sabe lidar como ninguém.
No frio, a moda é tomar sopa.
No calor, sorvete.
Beijinhos mil e ..... garçon, mais um chopp, please.
Syl

terça-feira, 24 de maio de 2011

Quer ser dama de honra?


















Grata surpresa tive hoje ao me jogar dentro de uma sala de cinema aqui em Nova York.Queria assistir qualquer filme que não tivesse pessoas voando, castelos gigantes ou efeitos especiais.E o que encontrei pela frente? BRIDES MAIDS.Damas de honra.Pra variar, uma comédia romântica.Várias pitadas de sarcasmo me fizeram gargalhar inúmeras vezes. E olha que eu sou uma dificuldade para render-me as gargalhadas.Filme claro, amarradinho, enredo gostoso e para mulheres.Na minha opinião, trata-se de "SE BEBER NÃO CASE" sob a ótica feminina.Dando uma atenção especial para as amizades duradouras.As casadoiras de plantão vão se identificar com certeza.Mesmo porque o filme nos oferece 6 personagens adoravelmente diferentes.Óbvio que na mais caricata das narrações.Annie e Lillian, melhores amigas desde a infância, são pegas de surpresa quando Lilian é pedida em casamento.Sem pestanejar, ela convida Annie para ser sua dama de honra. Mas o que a grande amiga não esperava, terminou abalando sua auto-estima.Por que?Porque Lillian decidiu estender o convite a mais quatro amigas, num grau mais distante de intimidade, para compartilharem este momento com ela também.Seguem os estereótipos das "figuras" que a acompanharão até o altar:Uma mulher rica e mimada casada com o chefe do futuro marido de LillianUma recém-casada que ama o marido pelo simples fato de ter um esposo pra chamar de SEU. A irmã do noivo totalmente rebelde e fora dos padrões.E uma prima insatisfeita com o casamento e seus três filhos.Enquanto os preparativos para o grande dia vão sendo mostrados, a vida pessoal das protagonistas vai mudando a cada take.Annie cada dia mais perdida, sabota sua felicidade todo o tempo.Dona de uma loja do bolos falida, ela se vê obrigada a assumir um emprego onde a infelicidade estampa seu rosto.Sim.É uma comédia mamão com açúcar.Mas uma das melhores que assisti ultimamente.Talvez algumas referências pessoais tenham feito com que me identificasse com as personagens.Mas ao final, saí do filme feliz.Fígado desopilado.Aconselho.Um bom saco de pipoca e um refrigerante sem culpa, vale a pena.Intime uma amiga, ou várias, e sigam para o cinema mais perto assim que essa comédia estrear.Fico por aqui.Um beijo com gostinho de bem-casado.Syl

















terça-feira, 17 de maio de 2011

Alforria total!!


Oi amores.
Bom, mesmo já tendo passado dia 13 de maio como boa sagitariana decidi alforriar alguns preconceitos e medos.
O blog é a minha grande alegria nestes últimos 36 anos, porque através dele respiro.
Juro.
Escrever, pra mim, é uma forma absoluta de libertação.
Quando estou colocando aqui minhas idéias, até a respiração fica mais profunda, verdadeira.
Uma lavagem na alma.
Podem acreditar.
E maior felicidade é ver tanta gente acessando o BLOGUITO e se identificando.
Ou não. Sem problemas.
Para mim, ler e escrever é uma terapia.
Sempre foi.
Desde que me entendo por gente o que mais amava na escola era fazer redação.
E leitura leve é um bálsamo.
Mas mesmo com isso tudo, ainda me sentia presa.
Não tinha muito com quem conversar sobre minhas colocações.
Digo isso, porque muitas vezes queria me expressar na minha língua.
Sorry!
Sentimento puro ainda não sei traduzir pra inglês.
Então, liguei a câmera e fui passear, enquanto seu lobo não vinha.
Na verdade nunca veio, o que é uma pena, confesso.
Mas vamos lá.
Decidi FALAR.
Verbalizar.
Mostrar in loco pra vocês a rotina aqui.
Sem jamais querer me fazer mais importante que os assuntos em questão.
A partir de agora, vou me comunicar com vocês através de vídeos também.
Vou mostrar tudinho.
E juntos, iremos ser surpreendidos o tempo todo.
Afinal, as cenas que verão, não seguirão qualquer script.
Tá combinado?
Mas olha, tudo AQUI ENTRE NÓS, ok?
Beijos e viva Princesa Isabel.
Mil beijos
Syl
* Mãe, te amo!!!!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O que fazer em 180 minutos?


Em 3 horas muita coisa pode acontecer.
180 minutos podem ser determinantes nas nossas vidas, concordam?
Durante esse tempo os ponteiros de um relógio circulam inúmeras vezes dando voltas e voltas.
Em três horas algo absurdamente ridículo pode fazer você se sentir uma imbecil.
Entendam.
Fui inventar de achar que sou quase uma nova iorquina e me dei mal.
"Xô" contar o que a babaquilda fez.
Decidi usar meu ipod enquanto ia para aula de conversação na biblioteca central.
Legião Urbana, Cazuza, Maria Gadu, Cássia Eller Marina, Jau, Ivete, Brown.
Todos cantando no pé do meu ouvido sem parar.
"Timbalauê, quando vejo o sol beijando o mar. Timbalauê, toda vez que ele quer repousar...."
Acontece que tanta empolgação pela MPB me fez andar uma rua a mais do que deveria.
Resultado: Desci no buraco errado do metrô.
Explicando: A entrada do metrô aqui não é igual a do Rio, chamativa.
Simplesmente é um buraco com escadas onde as pessoas estão andando e de repente..... desaparecem.
Ou seja, desceram as escadas da estação do metrô.
Chega dá aflição.
No meu caso, o que aconteceu foi que, ao invés de descer na 3rd avenue, desci na Lexington avenue.
Isso mudou efetivamente tudo no meu Mc dia feliz.
Ao invés de pegar o metô pra subir, peguei pra descer.
E lá fui eu.
Entrei toda serelepe no trem, contei 11 estações e pronto.
Saltei, subi as escadas e....
Um povo estranho.
"Festa estranha, com gente esquisita...."
Nada da farmácia de sempre.
Olhei pra um lado, olhei pro outro.
Pra cima, pra baixo.
Putz, uma atmosfera totalmente diferente da que estava acostumada a ver nas quintas-feiras final de tarde.
Eu hein!
Pra entender o que tinha acontecido demorou cerca de uns dez minutos.
Procurei outro buraco que fizesse o destino contrário.
Foi aí que me dei mal mesmo.
Peguei um trem que não ia pra cima, nem pra baixo, ia.... pro lado.
Subi mais escadas, troquei de vagão.
E dá-lhe música:
"Bebeu água? Não. Tá com sede?...."
Comprei um café.
Fui da linha verde pra linha azul.
Da amarela, pra vermelha.
Ouvi Ivete.
"Comigo é na base do beijo, comigo é na base do amor..."
Mais Cazuza.
"Ideologiaaaaa, eu quero uma pra viver....."
E, lá fui eu.....troca novamente de trem.
Ladies and Gentlemen.
Percebo que porta não fecha.
Ladies and gentlemen.
Vagão lotado.
Porque não fecha?
Tenho pra mim que a culpa foi do meu bumbum, mas......me espremi todaaaaa.
Troca de lado da estação.
E o trem sobe.
Esquece a aula.
Só pensava em voltar pra casa.
Legião cantando
"Tenho andado distraído, impaciente e indeciso..."
Olhava pro relógio e acreditem, meu povo.
Foram 3 horas exaustivas nessa missão.
O que aprendi?
Que um segundo de distração nessa cidade, pode render horas de prejuízo.
Que tem gente que não consegue ouvir ipod e pegar metrô ao mesmo tempo: EU.
"Quem sabe ainda sou uma garotinhaaaaa...."
Beijocas
Syl