sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Seu dia tem gosto de quê?


Para mim, os dias têm gosto de fruta.
Domingo o gosto é de coco.
Água de coco, leite coco, coco ralado...
O coco repõe as energias de um sábado que foi dia de laranja.
De dia, um suco pra refrescar, a noite misturada numa dose de vodka pra acompanhar.
Sexta-feira começa com gosto de melancia e finaliza com kiwi no happy hour com a turma.
Uma caipvodka de kiwi tem sim, a cara de uma promissora sexta-feira.
Já quinta-feira o gosto é de mamão.
Mamão papaia pela manhã e com creme de cassis na sobremesa da noite.
Bom pra pele, pro corpo...
Já as quartas-feiras....
Bom, quarta-feira é um dia que não disse muito pra que veio.
Gostinho de melão.
As vezes doce, as vezes, não.
Passa despercebido e muitas vezes precisa de um adoçante pra fazer valer a fruta e do dia.
Terça... Putz!
A fruta de terça é a uva.
Terça é quando a gente está na fé de que vai conseguir chegar vitorioso ao final-de semana.
Um cacho de uvas significa isso, paciência.
Comer uma por uma, tirar o caroço.
Umas azedas, outras, dulcíssimas.
Agora o mais fatídico e misterioso dos dias é a segunda-feira
Segunda-feira deveria ser o dia mundial da banana.
Banana tem vitamina, engorda e faz crescer.
Um cacho de bananas pro tanto de energia que a semana vai precisar.
A vida tem que ter gosto de fruta, de preferência uma salada de fruta.
Fico por aqui.
Um beijo
Syl

quinta-feira, 29 de maio de 2014

O peso da minha mala


Não tenho certeza de quase nada nessa vida.
Aliás, quanto mais o tempo passa e eu passo com o tempo, me convenço de que uma vida é pouco pra entender, conhecer e viver o que se deseja.
Mas, uma coisa é fato, viajar me transforma.
Viajar me engrandece.
Viajar me faz entender que a metade do que eu pensava saber, não estava tão certo, nem tão errado.
Viajar me coloca `a disposição...
`A disposição de tudo.
De tudo que vier pela frente.
Porque sou daquelas que não compra tickets para passeios ou shows antes de chegar no lugar.
Compro apenas passagem e estadia, no mais, é o que vier pela frente.
E a coisa mais engraçada que acho de todo esse processo é a maneira como arrumo minha mala.
Nela vai tudo que está acabando e precisando ir embora.
O restinho de shampoo, pasta de dente, cremes, perfumes.
Roupas que já estão precisando ser doadas, vão na mala.
Vai o casaco poído.
Vão as meias mais antigas.
As calças surradas e camisetas gastas.
Porque não vou pra me mostrar, vou pra me transformar.
Algumas coisas deixo pelo caminho.
Enquanto outras coisas chegam pra ocupar o lugar
E amo isso.... muito
Com carinho
Syl

*Dica de filme para este texto "Pão e Tulipas"


quarta-feira, 19 de março de 2014

Por que eles reaparecem?


Existe coisa pior do que encontrar um ex-namorado?
Existe.
Revê-lo nas vésperas de um feriado, quando suas unhas imploram por uma manicure, seus cabelos por uma escova e sua pele por um sol.
Assim Júlia reencontrou Luiz Henrique.
Namoraram por três anos.
Mas com data marcada para o casamento, Luiz se apaixonou por outra.
E justamente, no dia em que o chefe fizera Júlia desmarcar seu salão, aconteceu o reencontro.
Imaginava tudo de outra forma.
O cenário, a companhia, o figurino e os ponteiros da balança acusando 5 quilos a menos.
Luiz foi encontrá-la plantada igual a "um dois de paus" numa estação do metrô.
Júlia? — disse ao passar por ela.
—Luiz Henrique?
—Indo trabalhar? - questionou o ex.
—Sim - respondeu ainda muito desconcertada.
Ele, mais charmoso do que nunca.
Casou?
—Casei — mentiu, Júlia.
—Separei  disse a verdade Luiz.
—Ah, foi? —mexia loucamente no cabelo.
—Você está bem?
—Ótima.

E quanto mais ela disfarçava, mais inquieta parecia estar. 
—Preciso ir - disse Luiz olhando para o relógio - Bom te rever.
—Bom te rever também — respondeu ela com um largo sorriso no rosto.
Ele então, se aproximou. 
Olhou fixamente pra boca da ex-namorada.
Júlia perdeu o ar.
Ele foi chegando, chegando. 
O calor interno no corpo de Júlia aumentando vertiginosamente.
E quando estava certa de que o reencontro seria finalizado com um beijo gostoso de cinema, eis que Luiz diz:
—Seus dentes.
—Sim?
—Tem um coentro grudado, bem no meio.
E foi ali, naquele momento, que Júlia lançou a pergunta que nunca vai se calar: 
Ex-namorados, por que reaparecem? 

Dica de filme: "O CASAMENTO DE MURIEL"

Até
Sylvia