quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O que fazer no ano novo...


Tomei uma decisão pro Ano Novo.
Minha comemoração será na manhã do dia 1o de janeiro de 2011.
Porque?
Cansei.
Sempre a mesma coisa.
Roupa branca.
Bebida.
Lentilhas.
Bebida
7 ondas.
Bebida.
Abraços
Bebida
Todo mundo amigo
Bebida
Eis que chega cinco horas da matina e ninguém sabe mais quem é quem.
Quem está com quem.
Quem fez o quê.
E a festança no outro dia, se apresenta na memória fraca, em flashes.
Assim sempre foram meus reveillons.
Em 2010, passarei a virada junto com a família de uma amiga.
Eles irão representar todos os bons sentimentos que tenho no coração.
Sentimentos por todos que me querem bem e para os que não me querem, também.
Em paz.
Tranquila.
Minha grande "virada" será na manhã do dia 1o de janeiro der 2011.
Sairei na rua feliz.
Vou ver o mundo continuar acontecendo.
E de dia será meu bate papo com Deus.
Na luz do dia.
A cidade ainda dormindo e eu..... olhando meu Novo Ano.
Com gás.
Segura de que coloquei todas as minha energias naquele abraço de meia noite.
Na noite de sono tranquila.
Começarei meu novo ano sem dor de cabeça.
Sem ressaca.
De olhos abertos pro dia que vai durar.
Vou almoçar.
Passear.
E pensar em tudo que desejo realizar no ano que chega.

Esse ano, meu reveillon, vai ser diferente.
Vou olhar pra mim.
Vou orar por todos.
Vou desejar bom dia, no primeiro dia do ano.
O que quero com isso?
Um ano diferente.
Como começar?
Finalizando o ano que passou, assim, consciente.
2011 mil beijos
Syl
*Ah! Filme que indico: "O TEMPO DE CADA UM."

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Quem se entende neste mundo de torpedos, mensagens e msn?

Hoje nada de opiniões, vou apenas relatar o promissório começo de uma relação pelo msn, bbm, msg e afins.

-Você tava linda ontem
Ela calada estava, calada continuou.
-Quem era o "cara" que estava do seu lado?
Jamais diria que era outro ficante:
-Um amigo.
-Nada de me trair, hein!
- : )
-E você? Terminou de vez com a ex?
-Muito problemática.
-?????
-Vivia a base de remédio pra dormir.
-Coitada.
-Ciúmes.
-Tive um namorado assim. Bebia muito.
-Vamos nos ver de novo? Um cineminha quem sabe.
-Legal. - escreveu ela com o coração na boca
-Bom falar com você, linda. Um beijo na sua boca.
O coração dela foi nas alturas. Nunca tiveram um diálogo tão aberto e tão sincero.
Ele falou da ex, disse que estava sozinho, que queria beijá-la, até papo de cinema rolou......
Sonho.

Ela com amiga:
-Falei com Paulinho agora.
-Mentiraaaaa. Me conte tudo, não me esconda nada.
-Tá apaixonado, amiga. Disse mil coisas.
-Tipo desabafo?
-Total. Abriu o coração. Sofreu horrores com a ex.
-Aquela sem sal?
-Louca de pedra. Depressiva total.
-Vixe!
-Vou esperar ele mandar mensagem de novo.
-Isso, amiga. Não dá moleza pra esses homens, não.

Ele com amigo:
-E aí, Paulinho, sumiu?
-Que nada fui numa festa esse finde.
-Boa?
-Putz! Furada total.
-Pegou alguém?
-A de sempre.
-De novo, rapaz?
-Fazer o que? Tava lá, cheirosinha.
-E sua ex ?
-Liguei pra ela, rapaz. Uma saudade.
-Vacilão. Pisou na bola, se ferrou.
-Mulher da minha vida, viu? Só penso nela.
-Vamos sair pra tomar "umas". Esquece rapidinho.
-Nem durmo direito. Tomando remédio e tudo.
-Tem que arranjar mulher nova no pedaço.
-Vou dar um tempo, por enquanto só nas mensagens mesmo.
-Graaaaaaaaaande, Paulinho. Sabe tudo.

Agora me digam:
Quem está enganando quem?
Paremos com mensagens e vamos aos encontros reais?
Aqueles que andamos de mãos dadas, conversamos sobre a vida e rimos de pequenas bobagens.
Que tal?
Indico um filme: "COMO PERDER UM HOMEM EM 10 DIAS (comédia)"
Fico por aqui,
Beijos verdadeiros
Syl

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O que esperar de uma relação?



Respirei fundo, andei pra lá e pra cá, deitei um pouco na cama....
Tudo isso numa inquietude absurda.
Escrever sobre traição, casamento, relacionamento não é fácil.
Definitivamente, não é.
Tenho uma idéia particular sobre estes assuntos.
Particular mesmo.
Nada contra nada, ok?
Apenas acredito na individualidade para uma relação dar certo.
Não sou muito ligada a fidelidade, sou mais ligada a lealdade.
É a tal da história "Solte o passarinho, se ele voltar é porque quer estar com você, se não.... deixe-o livre"
Aos 25 queria casar, de branco.
Ser a estrela da noite.
O show seria pra mim.
Mais pra mim do que pro noivo.
Flashes, flashes e flashes.
Morar num apartamento legal.
Engravidar.
Ter filhos
Construir uma vida juntos.
Tudo junto.
Agarradinhos.
Siameses de preferência
Aos 30 anos...
Casamento menos tradicional.
Um dia na semana para ele sair com amigos.
Bisbilhotar carteira, ver comprovantes de cartão de crédito.
Mexer na memória do celular.
Brigas homéricas.
Contar tudo pras amigas.
Gravidez sem pressa.
E um banheiro para cada um.
Mas aos 35, sei lá.
Fui abduzida por seres, ou ouvi muito Cássia Eller, Cazuza, Nando Reis...
Amores massacrados.
Amores reais.
Já não quero mais uma pessoa colada em mim.
Quero ele na dele.
Eu na minha
Eu participando do mundo dele.
Ele participando do meu.
O passado dele me interessa menos do que o futuro.
Quero dois quartos.
Um pra mim, outro pra ele.
Ele me chama pra dormir com ele.
Eu o chamo pra vir dormir comigo.
Casamento?
Vamos fazer votos com um juiz de paz.
Alguns amigos.
Muito champagne ou muita caipirinha.
E tá bom demais.
Traição?
Não me importa onde ele foi.
Importa que ele olhe nos meus olhos e eu  me sinta convencida da verdade.
Lealdade.
Enquanto ele vai curtitr o hobby dele, vamos nos falando ao telefone.
Tomaremos bons porres juntos.
Viajaremos o mundo.
Discutiremos muito.
E o mais importante de tudo,
Faremos um do outro, seres humanos melhores.
E vc, o que espera de uma relação?
Para este texto indico: "SEPARADOS PELO CASAMENTO"
Beijocas
Syl

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Mulher que não se concentra, não se aguenta!

Vou te contar, viu?
Esse mundo não tá pra mim, não.
Pára tudo que eu quero descer.
Como já dizia Leminsky "Haja hoje pra tanto ontem".
Se temos 10 minutinhos, arranjamos 10 coisas pra fazer durante esse tempo.
Uma hora então, dá pra fazer até filho.........gêmeos se duvidar.
A cabeça não está mais dando conta.
A minha, pelo menos.
Antigamente, sábado e domingo existiam unicamente pra gente DESCANSAR.
Repor energias.
Agora, não.
É pra fazer pé, mão, retocar raiz, visitar tia, amigo, comprar fralda pra chá de bebê, ir pra 3 aniversários e se der, no meio disso tudo, ainda fazer supermercado.
Sobra domingo pra dar um mergulho no mar.
Se não chover.
Porque se chover, tem que arrumar a agenda da semana que ainda está por vir.
Aí chega segunda-feira, continua todo mundo exausto de um final de semana que ninguém relaxou.
A correria tá danada, gente.
E o que é pior, se não tiver concentração, o que fizer errado, tem que fazer 2 vezes.
Porque o que tem de gente batendo o carro falando ao celular, não é brincadeira, não.
Ouçam essa (leiam, melhor dizendo).
Médico no exterior é de matar de tão caro.
Do tipo: Morre logo que é mais fácil.
Pois então, bastou eu chegar no Brasil pra enlouquecer meu plano de saúde.
Ortopedista.
Dentista.
Ginecologista.
Oftalmologista.
Dermatologista.
Com trânsito então, uma beleza.
No verão, o calor chega a dar tonteira.
Depois das horas nos consultórios, vêm ás compras: drágeas, pozinhos, vitaminas, cremes, loçoes e pê, pê, pê.
"Sua pele é muito delicada, o hidratante é TAL, mas a marca Tal, com composição TAL, na farmácia TAL.
Uma gincanaaaaaa.
Lá fui eu no táxi TAL.
Bom, comprei tudo como o mestre mandou.
Mas o engraçado é que de uma semana pra cá, comecei a perceber uma atração das coisas em relação a minha perna.
O TAL do hidratante tava num grude em mim.
Um grude chato.
Caindo um guardanapo em direção ao chão.
Pronto.
Colou em minha perna.
Andando pela rua.
Ventania.
Um mundo de folhas.
Grudaram todas em minha perna.
Ou seja, minha perna estava se tornando um ímã.
Eis que ontem, estava eu, ao telefone com uma amiga, sentada na cama, conversando e olhando pro mundo de cremes em cima da estante....
De repente meu grito:
Não é hidratante. É sabão.
Descobri.
Comprei sabão Gel e não Hidratante Gel.
Falta de concentração Total.
Tudo explicado.
Eu no carnaval daqui, pulando, suando e a perna soltando bolas de sabão por toda avenida.
E surgiria a nova musa de 2011 pra desbancar Mulher melancia e a Mulher melão:
Sylvinha, a mulher SABÃO.
Eu posso?


Filme indicado: "DIARIO DE BRIDGET JONES 1 E 2 "
Beijos
Syl

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Nessa cidade todo mundo é o que é!


As três datas mais esperadas pelos americanos são o Thanks Giving, Natal e Halloween.
Talvez, no passado tivesse um fundo histórico que fosse além do comercial.
Mas hoje em dia, o que percebo são apenas lojas abarrotadas.
Pessoas ensandecidas por descontos.
Ipads, Ipods, Iphones.
Ai, ai, ai.
Indumentárias vendendo que nem água.
E, mega festas a fantasia, divertidas e regadas a muita bebida e muitos doces.
Falo apenas por NY, ok?
Não tenho conhecimento para escrever sobre o que não vivenciei.
Mas como posso criticá-los?
Olhem nossos: Dia dos pais, das mães, namorados, Páscoa?
A mesma realidade.
Dá-lhe cartão de crédito.
Mas esta última semana aqui na Bahia, os sucessivos dias festivos, me afastaram um pouco dessa idéia de consumo ensandecedor.
Dia 4/12, dia de Yansã.
Santa Bárbara.
Vermelha e branca.
Senhora das tempestades, dos raios e das tardes.
É uma coisa linda se ver, a devoção dos seus seguidores.
Já no dia seguinte, comemoramos o Chanucá.
Festa judaica, também conhecido como o Festival das luzes.
Palavra hebraica que significa "dedicação" ou "inauguração".
A primeira noite de Chanucá começa após o pôr-do-sol do 24º dia do mês judaico de Kislev e a festa é dura oito dias.
O Chanucá marca a derrota forças que tentaram proibir Israel de praticar o judaísmo.
E para completar minha alegria de estar na aqui chega dia 8 de dezembro:
Dia da Padroeira da Bahia.
Nossa Senhora da Conceição da Praia
Festejo de origem católica realizado, quando Tomé de Sousa, iniciou a sua devoção na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia.
As comemorações começam no final de novembro, todas as noites na matriz, Cidade Baixa.
Envolve uma missa campal e procissão.
Acontece a tradicional festa de largo que une a profana alegria do baiano à sagrada devoção do misticismo.
Um show de cultura.
Um banho de aprendizado.
As religiões convivem pacificamente e em momento algum passam despercebidas.
Cada um no seu quadrado.
Cada qual no seu cantinho.
Cada um com a sua fé.
Agora me diga, nascer no meio desta mistura não é uma bênção?
Ô! Se é!
Axé e l'chaim pra todos
Beijos
Syl 

Fonte: salvadorconvention.com.br; wikipédia.org

domingo, 5 de dezembro de 2010

Só se vê na Bahia 2



Descrever esse final de semana, sinceramente, só por partes.
Jurei pra mim mesma que não saio mais de casa sem máquina fotográfica em punho.
Citando meu amigo DELI, aqui na Bahia você tem que estar o tempo inteiro CONECTADO (a)...
Leia-se, aceitando que uma força maior cuida dos bêbados, criancinhas e dos baianos.
Essa é a verdade.
A Bahia não é um Estado, é uma filosofia de vida.
Nunca entendi porque quando falo que nasci aqui, as pessoas abrem um sorriso.
A respiração acalma.
Os olhinhos fecham.
E uma profunda e verdadeira citação sempre é confessada:
AMO SUA TERRA.
O grande mistério pra mim é o motivo.
Ama porque?
Nunca ninguém me cita um lugar.
Uma festa.
Como geralmente costuma acontecer com 99% das cidades turísticas.
As pessoas referem-se à Bahia como a um estado de espírito.
E como estou há algum tempo fora daqui, venho percebendo isso.
Na Bahia você passa por experiências, não por lugares.
Experiências que você leva pro resto da vida.
Ontem, por exemplo, indo pra uma festa...
No cenário da cidade, em cima de um ponto de ônibus: um sofá.
Não bastasse o sofá... uma mala.
E por aí vai.
Uma boneca grande.
Uma foto de uma criança num porta retrato.
Uma revista colocada com destaque tinha Ivete Sangalo na capa.
Além disso, muitas caixas.
E tinha mais.
Um isopor.
E miúdezas.
E pra juntar e organizar todos esses componentes, um homem.
Homem de verdade.
Só de cueca.
JURO.
Fiquei uns bons minutos sem piscar.
Salvador vibra criatividade.
Podia ser uma excelente jogada de marketing de algum produto que estava por vir.
Pedi que me deixassem sair do carro.
Parei em frente.
Olhei.
Era real, humano.
Entendi.
Acreditem: Um homem fez da alvenaria do ponto de ônibus, a sua casa.
Estava se expondo.
Era A VERDADEIRA MOSTRA DE DECORAÇÃO DO PAÍS.
Surtei com aquele surto.
Tentei melhor ângulo, mas não consegui que o homem estivesse na foto.
Ele estava ocupadíssimo arrumando seu novo lar.
Sinceramente.
É pra rir ou pra chorar?
Só digo uma coisa:
Até para enlouquecer, na Bahia é diferente.
Mil beijinhos
Syl

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Um brinde àquilo que somos e ao que desejamos ser !!!!

Você ainda quer ser o que você queria ser quando perguntavam a você " O que você quer ser quando você crescer"?
Ufa, até eu perdi o fôlego pra colocar essa frase nos conformes.
Ficou parecendo música dos Titãs.
Vamos lá.
Quer ler de novo?
Oquei. Espero..
1
2
3
Posso continuar?
Sigamos em frente.
No meu caso, queria ser bailarina.
Flutuar.
Mito.
Bailarina não flutua.
Vive com os pés massacrados e com a vida regrada até o último fio de cabelo.
Já quis ser aeromoça.
Quis muito.
Desisti.
Ah, quis também ser professora.
Se tivesse seguido carreira acadêmica, talvez hoje estivesse com o físico escultural.
Vivendo com o salário que pagam aos professores e com o corre corre que é o dia a dia dos mesmos, corpo perfeito.
Regime forçado.
Mas o que me levou a escrever esse texto foi o fato de que hoje, indo visitar uma amiga no apartamento dela, reencontrei um garoto conheci na infância.
Seu sonho era ser guardador de carros.
Sim, guardador de carros.
Qual o problema?
Cada qual com seus sonhos.
E por incrível que pareça encontrei-o quando entrava no prédio da tal amiga.
Ele era o porteiro do prédio.
-Luciano?
-Sylvinha!!!!!!!
NÃO ACREDITEI.
Gente, fiquei numa felicidade.
Numa alegria.
Os olhos dele brilhavam.
Aquele prédio de frente para o mar.
Uma vista belíssima.
Uma paz absoluta.
E ele lá.
Não sei se estava ali porque queria ou por necessidade.
Mas pedi muito que fosse por vontade própria.
E ele estava ali tranquilo.
Realizado.
E hoje tive certeza da minha resposta se me perguntassem:
"O que você quer ser quando crescer?"
FELIZ
Acho que Luciano estava feliz.
Vá me dizer que isso não é bom?
Bom pra caramba, rapaz.

sábado, 27 de novembro de 2010

Só se tem na Bahia!


Eu saio de NY, uma cidade onde ninguém te olha nos olhos.
Pra vir para Salvador, uma cidade onde todo mundo mostra os dentes pra você, sem motivo.
É siso e sorriso pra tudo que é canto.
Agora me pedem pra que eu não fique perdida?
Comparações abaixo.
Entendam meu ponto de vista.
PONTOS de vista.
Nova York está para Salvador, assim como Berlim está para Fortaleza.
Opostos que não se atraem.
Nem adianta.
Ritmos de vida diferentes.
Energias diferentes
Aspirações diferentes.
Ambições diferentes.
Pra começar, Nova Yorkinos não quebram regras.
Amam segui-las.
Baianos detestam regras.
Aliás, pouco as conhecem.
Nova yorkinos sabem TODOS seu direitos.
Baianos só sabem seus deveres.
E ouvem que precisam lutar pelos seus direitos.
Mas quais são mesmo?
Nova Yorkinos convivem com a solidão de uma forma tranquila.
Capazes de ficar dias em silêncio.
Agora, tente deixar um baiano calado?
Impossível.
Nova yorquinos detestam aproximação.
Baianos, adoram.
Gostam de pegar.
De falar de perto.
De abraçar. Torcer junto. dar 2 beijinhos.
Tem mais.
Nova yorkinos não sabem lidar com atrasos.
Baianos nunca chegam na hora certa.
Pneu furou.
Carro quebrou.
Casa alagou.
Cachorro fugiu.
Não adianta.
Não há conexão.
Agora, vai me perguntar o que eu prefiro?
Prefiro o mundo.
Prefiro ser baiana e poder ver tudo isso.
Mas que o meu orgulho é ter nascido e sido criada aqui.......Ah, isso sem dúvidas.
Nova Yorkinos nem sabem onde fica a Bahia.
É melhor que não saibam mesmo.
Deixem a gente quietinho aqui.
Muita loucura pra cabeça e pra mente fértil dos baianos.
AXÉ!
Syl

Até quando essa vida....boa?

Ufa!
Agora tô me sentindo na Bahia.
Disposta.
Botar o sono em dia é uma dificuldade.
Estava ainda zumbi.
Olho meio aberto, meio fechado.
Foi então que comecei a me sentir em terra firme.
Quando?
Quando comecei a comer.
Fato.
Aniversário de uma amiga.
Feijoada.
Vamos lá.
Nada contra a feijoada carioca, mas o feijãozinho baiano...
Ui.
Wikipédia: guisado de feijão com carnes, normalmente acompanhado de farinha, arroz.
Junte a isso, cinco boas amigos.
Pimenta.
Saladinha
E um lindo dia de sábado.
Unte a mesa com copos calibrados de caipirinhas e por fim, um bom papo recheado de assuntos agradáveis.
Deixe a turma por 5 horas ao som agradável de música baiana de raiz.
Atenção: A temperatura deve estar no máximo 30 graus célsius com leve brisa soprando.
Alguns minutos depois da prosa e da digestão começar, chame por ele.
"Ô categoria".
Também conhecido mundialmente como garçon.
Peça que lhe traga a "bendita"
Também conhecida, nacionalmente, como "conta".
E ele vai lhe abrir um sorriso lindo com seus dentes enfileiradamente perfeitos.
E vai te dizer "baianamente":
"Oxe. Agorinha mesmo."
Ao final, como em todo processo democrático e nada machista, divida a conta por 8.
Mas não eram 6?
Sim, éramos.
No espaço de 5 horas chegaram mais 2 amigos, ora.
Afinal, estamos falando da Bahia.
Tudo certo
Eis que então uma amiga se espreguiça e diz:
Meu pai, comi demais, até quando isso?
E eu respondo:
Se deus permitir, até SEMPRE.
Até sempre, Mônica
Por hoje, é isso.
beijos
Syl

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Tristeza sem fim....

Se teve uma coisa que me predispus a fazer aqui no blog, foi só escrever as coisas exaltando o lado bom delas.
Porque tudo, absolutamente tudo na vida tem dois lados.
Quando não, três.
Mas hoje, não dá gente.
Hoje preciso falar realmente sério.
Não tem como não tocar no assunto.
Cheguei há 2 dias e só o que ouço.
Só leio sobre.
Violência no Rio.
Dói.
Dói fisicamente.
Porque estava escrito.
Sabiamos que mais cedo ou mais tarde isso aconteceria.
Sabiamos.
O Rio está respondendo pelo BRASIL.
Sim, gente.
O preço do descaso dos que pouco fazem pelo país.
É um problema nacional.
É pra comover nacionalmente.
E agir
Não dá pra sentar e torcer contra o Rio.
"Bem feito pro Rio."
Não dá mais pra ser assim.
O Rio é nosso.
É lindo, é encantador, é maravilhoso.
Assim como nosso país inteiro.
Por isso dói.
Dói ver o que está acontecendo.
Não incentivo marchas, lutas, nada.
Apenas, que façamos nossa parte.
Aliás, façamos um pouquinho mais.
Vejamos com outros olhos.
O que estamos fazendo para que o Brasil país se torne um país melhor?
Não dá só pra falar:
VÁ ASSISTIR  TROPA DE ELITE.
Não dá.
Hoje chorei.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ah! Que bom você chegou....

Enfim, Brasil.
Não que a sensação seja melhor ou pior do que estar em terras americanas (do norte, claro).
Até pensei que fosse ser cena de cinema, mas.... Não consegui chorar.
Congelei.
Pensei em beijar o chão.
Piegassssss.
Não sou nem o Papa, nem pop.
Além do mais, como?
Não saltamos mais nas pistas.
Tem o tal do "finger" que nos deixa dentro do aeroporto.
Sensação diferente.
A primeira, de calor.
E que calor.
Energia.
Rola uma energia diferente no ar, sim.
Minha mãe rindo, minha vó agarrada em minha mãe como se ela tivesse 15 anos.
Proteção.
Muiiita proteção.
Comi ACARAJÉ.
CROCANTE.
Sabe o que eu fazia em terras nova yorkinas pra matar a vontade de acarajé?
Comia fallafel.
Bolinhos de vegetais fritos, típicos do Oriente Médio.
Fechava os olhos e imaginava um delicioso acarajé.
Sem vatapá, claro.
Outra diferença.
Dessa vez dos outros em relação a mim:
Não conseguia parar de dizer, Sorry, Thanks e OK.
Um horror, gente.
Um vício.
Essas palavrinhas, juro, têm vida própria..
"Essa mulher é gringa?
Que zorra de OQUEI é esse?"
Li o pensamento de todos:.
Branquela do olhar perdido..
Quarta estranheza do dia, ou melhor, da noite:
Vi estrelas.
Não tinha me dado conta de que, há 90 dias eu não via uma estrela no céu.
Sim, verdade.
As luzes de Ny impedem a gente de ver as estrelas.
Então fui tentar dormir.
Tentar.
Porque o acarajé, o oquei, a energia e as estrelas não me deixavam esquecer como amo minha Bahia.
Axé.
beijos
Syl

domingo, 21 de novembro de 2010

Pedacinhos de mim....



New York. Manhattan. Expensive. Dreams. Miss. Courage. Houdson River. Brooklin Bridge. Sara. Lane. Big brother. Cousin. Déa. Love. Melissa. Big Apple. Credit card. Signature. Streets. Avenues. Nivea. Ana Luiza. Gold Bar. Boom Boom. Bagatele. Empire State Building. 34th. 5th avenue. Neelam. Teacher. Learn. Teca. Busy. Scare. Pregnant. No elevators. Marina. Turkey hamburger. Delicious. Friendship. Apple juice. Sam. Lavo. Patron Coffee. Julio. Miami. Fifty third. Avenue. Fat Cat. Jazz. David. Mehanata. Brooklin. Royal Park Hotel. Double bad. Rafael. Recepcionist. Ice Coffee. Starbucks. Bags, bags, bags. Rue 57. Collective. Carol. New Jersey. OMG. Blogdapri. Meat Packing.Larissa. Kiss and Fly. Pastis. Olderigo. Bianca. Chase. Chloe. Kaplan. Oliva. Asiatic. Jina. Sunny. Mary Poppins. Billy Elliot. Tia Tânia. Adam's Family. New Yorker. Bryan. The food emporium. Thai food. Halloween. Beautiful cat. Ricky's. Park hotel. Century 21. Forever 21. Feel the smell. Refresh. Come over. Don't cry. Be strong. Call me. Honey. Broadway. Joe. Morgan Stanley. Museums. Sweetie. Central Park. John Lennon. Star. Sex and the City. Duane Read. Morrocanoil. Dr. Daniel Polastch. Sharry Wallach. Columbus Circle. Lincoln Center. Orquestra Sesi. Danilo. Maestro Antonio Carlos Martins. NYC Ballet. Pax. Subway. Map. Line A. Line 1. Red and blue. Skype. Nail. Right Hand. Finger. Fingers. Nervous sistem. Sea salt. Warm water. Pain. Swollen. Brand. Strenth. Hard. Stressed. Abigail. Rules. Homeless. Manana. Kabballah. Edoardo. Italy. 1 Oak. Renata. Philip. Manish. Fullton. Noni juice. Pasta. Cecco. Provocatur. Michael Kors. Champagne. Whole foods. Edamame. Ginger. Diana. Eneida. Labor day. Hallmark. Lelê. Ana Carolina. Brunch. Tribeca. Midtown West. Doctor Lee. Cafe Metro. Avocado. Soho. Jewish Museum. Paty. Deutsh bank. Chase. Ivete. Sá Marina. Youtube. Bebel Gilberto. Zélia Duncan. Madson Square Garden. Baket. Nicks. Na base do beijo. Network. Hamptons. Broker. Karen. Fee. Furnish. Put and put. Towels. Closed. Closet. Bob. Anthony. Owner. Landlord. Cash. Western Union. Itaú. Cash. Mice. Mouse. Rats. Credit. ID. Student Card. McDonalds. Angus. Mila. Fisioterapy. Shaná Tová. Yon Kippur. Daniel Sadigursky. Spot Pig. Mateus. 37th. Chelsea. Between. Introduce. Park and Madison. Drams. Deception. Old friends. Out. New Friends. In. Blog. Scape. Chicago. Laércio. Valéria. Incrível falível. Blog. Palm Beach. Califórnia. JFK. Delloite. Rosalva. Driver license. Layers and economists. Carbons. Happy hour. Ice crem. Boots. Leggins. Mônica. Renata. Fasshion Week. Natália. 63rd floor. Henrique. Queens. Chinatown. Little Italy. Brazilian day. Christmas. Macys. BBM. Cris. Magnolia's cup cakes. Ice tea. Salad. Bottle. Jú. Glass. Cup. Stand up. TMobile. Recharge. Low bat. Refound. Change. Money. Bill. Coins. Marcella. Manuela. Branca de Neve. Saran. Brush. Coffing. Bed. Bad. Nikky beach. Proibithion. Insurance. Emergence. TPS. Nobu. Godmother. Cry. Help. Emotions. New Yorker hotel. Tick Tock. Ofer. Karina. Shopping. Off. Sale. Gifts. Presents. Time. Frigideira em inglês. Sunrise. Gaby. Serafina. Fruits. Ok. Take care. Congratulations. Game over. Number of Confirmation. Tam. Alicia Keys. Two and a Half Men. Each pray and Love. Marilyn. Audrey. Madame Tussauds. Giselle. Madonna. Victorias Secret. Sephora. Dunkin Donuts. Pizza. Decac Coffee. Ana Paula. Rafael. Royal Park Hotel. Madison avenue. World Trade Center. Maoz. Sushi e Sashini. Wash and clean. 85. Cecilia. Ipod. Iphone. Ipad. Mac book. Flight. Chicago. Bahia. Jéssica. Sandra. Lorena. Priscilla. Loly. Dany. Laptop. Insonia. Dra. Rosana. MAC. Fruits. Water, water, water. Lines. Pacience. Garbige. See you soon. Lighter. Smoke. Frank Sinatra. ......and I'll be back.     

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Coma frutas, filha!!!



Mente fértil numa contagem regressiva?
IMPOSSiVEL.
A mala não fecha e o sono não vem.
Penso dia e noite em sobre o que escrever.
Mais dicas?
Tirei férias delas esses últimos dias.
Estou buscando a melhor dica pra conter lágrimas.
Sou eu que pergunto a vocês.
Como se faz pra tirar do coração um lugar que tomou conta dele por inteiro?
Me digam?
Uma cidade que reúne os melhores adjetivos e os defeitos mais visíveis e desconsertantes do mundo.
Certa vez, o lixo ficou na frente do meu apartamento 5 dias.
Juro.
Odiei NY por 5 dias.
E, um dia, ao voltar da escola, notei algo diferente.
Tinham passado e retirado todo lixo da rua.
Fiquei abalada.
Mudou minha percepção da rua.
Não é absurdo?
Pois isso é NY.
Como faz para deixar essa cidade?
Alguém pode me ajudar?
Cheguei aqui com mil listinhas.
Onde ir. 
O que comer
O que fazer
Que tipo de remédio usar e pra quê.
Tive tudo que não constava na lista.
E não fui a 1% dos lugares que estavam nelas.
Fiz questão de descobrir uma New York Off.
Diferente da NY que todos falam.
Queria construir a cidade na minha mente.
Descobri tanto.
E ratifiquei tantas coisas que minha mãe sempre falou.
Não sabia que um pedaço de melancia, mamão e melão seriam tão preciosos pra mim.
Nem que uma caminha arrumada e cheirosa valeria, muito mais do que uma noite de arromba na melhor boate da cidade.
E então, vocês podem me dizer como me livrar desse sentimento de saudade antecipada?
Uma saudade misturada com a felicidade em rever grandes amigos e a família, tesouro da minha vida.
Mas, sou eu agora que preciso do auxílio de vocês.
Vamos lá, galera.
Em que parte do coração vocês colocam a saudade?
Vou precisar saber urgente, pois a minha já está fazendo doer.... e muito.
Mil beijos
Saudosos, claro
Syl

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Caminha, aí vou eu....



O primeiro assunto que pensei em abordar quando criei o blog foi: como encontrar um lugar pra morar em NY.
Trata-se de algo tão complicado, que só hoje tive paciência pra sentar e escrever.
Pra vocês terem uma idéia, eu e Ana Tereza, minha ex-roomate e amiga de décadas, antes de nos mudarmos, ficamos meses procurando apartamento via internet e nada.
Queriamos um pequeno imóvel com dois quartos, cama de casal, banheiro, cozinha e uma pequena sala.
Normal.
Coisa simples.
Simples?
Vai pensando.
Não tinhamos noção da realidade de NY.
Decidi vir pra BIG APPLE e procurar "in loco" durante os 10 dias que antecediam o início das nossas aulas.
Achei que daria conta.
Que seria facinho.
Juro, não foram menos de 10 horas diárias desprendidas em função dessa incansável procura.
O problema é que a cidade não para.
Manhattan é uma ilha onde não cabe mais uma mosca.
Além disso, os grandes eventos ainda acontecem por aqui.
E, pra nosso desespero era: Fashion Week, Festival de cinema, Open de Tênis, Show de Ivete.
Não havia quem quisesse alugar seu imóvel por 3 meses.
Ou alugavam por 6 meses ou por semanas.
Corri a cidade de East a West.
Up a down.
Vi cada buraco, cada canto que vocês não acreditariam se contasse.
Até que, através do Craiglists, site onde você acha "de um tudo", encontrei um quarto e sala.
Liguei e marquei com uma corretora pra visitar o cantinho e já assinar o contrato.
Ao chegar lá, não é que a danada já tinha fechado com outro cliente que ofereceu mais?
Acorda, SYLVIAAAAAA.
Nova York, amore.
Chorei.
Enxuguei as lágrimas e achei outro apê, dessa vez um Studio.
Fui lá.
TOTALMENTE diferente da foto que estava na web.
Entrei, dei dois passos, acabou.
Um C-U-B-I-C-U-L-O
Enfim, nessa foram mais uns cinco imóveis que pegamos pela frente só quebrando a cara.
Tivemos o irmão de Teca que nos deu um big help enquanto procurávamos nosso apartamento definitivo.
Então, fica aqui a dica:
Moradia em Manhattan é muito cara e funciona da seguinte maneira: 
Corretores são chamados BROKERS e quem paga comissão deles somos nós, inquilinos.
A comissão chama-se FEE e equivale a um mês de aluguel. 
Ou seja, se o aluguel do apartamento for U$ 2.500, temos que pagar mais U$ 2.500 de comissão para o corretor "in cash".
Some a isso o Deposit Security, que também equivale ao valor de um mês.
O seguro, ao final do contrato, é devolvido.
O Fee, não.
Procure empresas de aluguéis se ficar por mais de 6 meses.
Se ficar menos, o Craiglists quebra o galho.
Apartamentos situados no Upper West são menos caros pois ficam mais longe do centro, porém não são tão seguros.
No mais, sempre negocie e nunca assine o contrato antes de ler.
Se estiver no Brasil e conhecer alguém em NY, peça que visite o imóvel antes de assinar.
Pois como diz aquele comercial de TV: "Imagem não é nadaaaaaa"
Fico por aqui, amores.
Beijos e bom sono numa cama bem macia e bem quentinha
Syl 
  

domingo, 14 de novembro de 2010

No rules to be friend!!!



Nova York é um terreno fértil para se plantar e colher idéias.
Nesses meses em que estou aqui, tudo que joguei ao vento voltou de forma criativa.
Uma loucura.
A mente não para aqui.
Se eu disser que algum dia consegui dormir 8 horas seguidas, estarei mentindo.
Mentira das boas.
A cidade é inquietante.
Instigante.
A Nivea Stelmann, que esteve aqui neste finde, me disse sabiamente.
"Syl, não consigo ficar um segundo no hotel. Vou sair pra andar por aí. Sei lá.... Bater perna. Respirar Nova York. Existem lugares que ainda não conheço, com certeza."
E ela estava certa.
Se você vier pra cá 30 vezes, vai conhecer 30 vezes lugares diferentes.
A cidade se reinventa.
Se refaz.
Quando cheguei aqui, confesso que me assustei um pouco com o jeito autista das pessoas.
Olham pro além, traçam suas retas e mandam ver.
Vão falando sozinhas?
Não, Sylvia.
Estão com um fone no ouvido falando no celular.
Estão olhando pro chão?
Não, Sylvia.
Estão mandando mensagens pelos seus Blackberrys ou IPhones.
O mundo está se comunicando com o mundo inteiro.
Mas está parando de se comunicar com quem está ao lado.
Estranho demais isso.
Talvez por esse motivo, tenha conversado tanto com donos de bancas de revistas, porteiros, atendentes de balcão...
Eles AINDA interagem.
Eles AINDA não têm Blackberrys ou IPhones.
AINDA NãO TêM
Tá um surto isso.
No mais, o inglês que aprendi conversando nas ruas foi enriquecedor.
Expontâneo, real, verdadeiro.
Aqui eles sabem do Brasil.
Gostam do Brasil.
Não me pediram pra sambar e nem perguntaram sobre carnaval.
Mas, continuam sem saber que Brasília é a capital do país.
De qualquer forma, segue uma quebra de protocolo:
Se vier a NY, faça amigos brasileiros, sim ( mas tente exercitar com eles seus inglês.)
Não deixe de fazer amigos porque falam a mesma língua que você.
Eles podem se tornar amigos pro resto da vida.
Larissa, meu grande exemplo.
Grandes amizades começam em viagens.
Outras terminam.
Tenho dito.
No mais, nada de trazer regras pra cá.
Elas serão todas quebradas aqui.
Tenha certeza.
As regras serão ditadas por NY.
No mais, take care and god bless you.


AH! E  a dica de filme: "MON MEILLEUR AMI"
Beijos
Syl

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Escolhe um perfuminho bom e traz pra mim?



Se existe uma praga no mundo dos viajantes, o nome dessa praga chama-se ENCOMENDA.
Vou te contar, hein!
Não é mole, não.
As pessoas vivem se queixando que estão sem dinheiro.
Mas bastou você dizer que vai viajar e... pronto.
Luz acesa.
Fica todo mundo rico.
Chove dinheiro no bolso do povo.
E o mais engraçado é a criatividade
Porque não basta pedir.
Tem que pedir peculiaridades.
Uma pomada pra unha encravada.
Um pinguim de cerâmica pra botar em cima da geladeira nova.
Uma pinça.
Meu senhor, uma pinça?
O que é que a pinça dos Estados Unidos faz que a do Brasil não faz?
E o pinguim?
Lembro que a primeira vez que viajei pro exterior, minha avó pediu que eu trouxesse uma boneca negra para dar a uma sobrinha.
Super nobre da parte dela querer imbuir na criança o sentimento de igualdade racial desde cedo.
Mas ela mora na Bahia, gente.
Basta ir no Mercado Modelo que vai encontrar bonecas pretas aos montes.
Eu nos EUA vou andar dias e dias perguntando onde que encontro uma boneca negra pra vender.
E tem mais.
Ainda dizem, pague no cartão que na volta te dou.
E meu limite? Ninguém pensa que preciso ter dinheiro livre pra comprar MINHAS coisas?
Sem esquecer que quando a gente leva a encomenda, é de bom grado levar a nota da compra também.
Ou seja, papel pra guardar.
Mais confusão pra cabeça.
Tirar da caixa, então, é pedir pra matar a pessoa.
Vá entregar a encomenda sem o invólucro?
Bem capaz da pessoa achar que você comprou a coisa usada.
Ninguém pensa no espaço que vai ocupar na mala, não.
Exemplo: Meu irmão decidiu me pedir um tênis.
Ok.
Mas vocês sabem a altura da pessoa?
1.95m.
Imaginem o tamanho do pé.
Não trouxe na caixa, não.
E pra completar, dentro do tênis ainda vieram, esmaltes, perfumes, meias, escova, vitamina C, condicionador.
Tênis recheado.
Mas a verdade é que, no final das contas, sabemos que o que todos desejam é que a gente retorne bem e cheia (o) de boas estórias pra contar.
Fico por aqui.
Mil beijocas sob encomenda.
Syl

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Vou de táxi, cê sabe....


Tem coisas que a gente houve ao longo da vida, mas se não prestarmos atenção passa que nem nos damos conta.
Quando paramos pra perceber, já é tarde demais pra correr atrás, tentar consertar ou mudar no meio.
Sei que não dá pra levar todos os conselhos ao pé da letra.
Senão a gente não aprende com nossos erros.
Mas quanto mais estivermos atentos aos sinais que o universo nos manda, mais o suco do limão a gente consegue espremer.
Vir pra NY foi uma prova de coragem e superação.
Ninguém me incentivou, me disse pra vir, me falou que era a oportunidade...
Nada.
Combinei com Teca, uma grande amiga, com uma certa antecedência e viemos.
Mas foi na "cara dura" mesmo, que conhecemos NY.
No susto.
No empurrão.
Por isso, quando me encontrei numa situação mais tranquila, prometi que escreveria algumas histórias pelas quais passei e junto a isso daria algumas dicas sobre a cidade.
Porque conselho e canja de galinha e vitamina C, não fazem mal a ninguém, né não?
Por exemplo, sempre pegue cartão de referência de todos os lugares onde for.
Mesmo que tenha detestado o lugar, pegue
Anote atrás, detestei e escreva o motivo.
Com o tempo, fica mais fácil saber quais os lugares legais pra voltar.
E os lugares para fugir.
Não só bares, boates e restaurantes.
Serve para lojas, supermercados e lanchonetes.
As vezes, encontrar o suco de uma fruta que você adora, pode não ser nada fácil.
Outra, movimentar-se em NY não tem mistério
Mas é preciso pegar a manha.
Parar e raciocinar.
Matemática e lógica pura.
Os Nova Yorkinos são práticos.
Entenda que os bairros são as AVENUES.
As ruas são as STREETS.
Então toda anenue, cruza com uma street que tem vários edifícios enumerados.
Tem mistério?
Três números: 35th street with 5av, n258.
Caso precise parar um táxi, passe para ele esses três números e ele vai sem falar com você até o endereço.
Aliás, os taxistas aqui são um caso a parte.
Nunca são americanos.
Não são simpáticos.
Detestam conversar.
Não conhecem a cidade.
Decidem se param pra te pegar a depender da boa vontade deles.
Pedem gorjeta na "cara de pau" e reclamam alto se você não der.
Não gostam quando você diz que vai pagar a corrida no cartão.
Quando você diz o endereço e ele segue para o local, geralmente ligam para casa deles e ficam falando horas.
(Não me pergunte que plano de celular eles têm porque não entendo como passam tanto tempo no celular.)
E última ressalva:
Os táxis só estão livres quando a plaquinha escrita táxi em cima do carro está ACESA.
Se estiver desligada, estão com passageiro ou indo buscar alguém. Nem adianta gritar, chorar ou xingar.
Eles são capazes de passar por cima do seu lindo pezinho, sem piedade se você não sair do meio da rua e parar de acenar.
Certa vez, dei a sorte de pegar um táxi onde o motorista era nota 10.
Armando, o nome dele.
Falava inglês, português e francês.
Anotei seu celular e tenho até hoje.
Aliás, caso precisem, mandem mensagens que repasso o contato para vocês, ok?
No mis, façam que nem Angélica, se não forem de metrô, vão de táxi........
Combinado?
Acredite, com algumas dessas dicas você pode economizar minutos preciosos e muita paciência.
Beijos
Syl