terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Gosto de gente!




O meu grande problema e a minha grande solução é que eu gosto de gente.
Gosto do que é humano.
Do que é normal.
Não gosto da pessoa formada, moldada.
Feita `a própria semelhança daquilo que só interessa aos olhos do bolso.
Disso não gosto.
Gosto do deslize.
Do que é improvisado.
Fora do contexto.
Não me interesso por nada que segue roteiro.
Nada que é previsível.
Constante.
Interessante, pra mim, é quem quebra regras.
Consciente ou inconscientemente.
Quem ama a vida, mas não fica na zona de conforto.
Rompe barreiras.
Inova contatos.
Improvisa.
Bom é parar para conversar com garçons.
Faxineiras.
Motoristas e porteiros.
Gente que é gente.
Que observa a vida.
Bate no ombro.
Que dá "aquele" abraço num aperto camarada.
Porque quem pensa que tem mais educação, come de boca aberta pela pressa em não dividir.
Mas, quase sempre queima a língua.
E quebra mais copos.
Gente que é gente, tem delicadeza.
Respeito.
Tem humildade.
Recolhe-se
Fala manso.
Gente que é gente, aceita.
Não julga.
Ajuda.
Ri muito.
Está pronto pra ouvir.
Mais do que isso, escutar.
Oferecer um café.
Gente que recebe gente, não cobra.
Não se importa, se sobra.
E se sobra, repassa.
Compartilha.
Entende.
Não culpa.
Acolhe.
Dá beijos.
Defintivamente, eu gosto de gente.
Beijos
Syl

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sandy, o furacão!


Porque esses fenômenos desastrosos da natureza levam sempre nome de mulher?
Porque?
Alguém me explica?
O furacão da vez, chama-se Sandy.
Mas já tivemos: Alicia, Anita, Audrey, Betsy, Carla, Carmen, Celia, Cleo, Diana, Donna, Elena, Gloria, Irene, Katrina.
Total absurdo.
Preconceito.
Raríssimos foram os que levaram nomes masculinos.
O que será que os meteorologistas querem dizer com isso?
Que aparecemos sem avisar, derrubamos tudo, deixamos os lugares de pernas pro ar e não damos dicas de quando vamos voltar?
Será?
Vem cá, isso não tá mais parecido com comportamento dos homens, não?
Eles, sim, são os bagunceiros e os destruidores em potencial.
Sugiro aos programas de TV que promovam um concurso para nomear o próximo hurricane da seguinte forma:
As mulheres narram o que os danados dos namorados aprontaram e a história mais inacreditável dá o direito de batismo do próximo hurricane com o nome do indivíduo.
MICHAEL, JOHN, JACK, BOBBY, OSCAR, PAUL.
Se o concurso abrangir o Brasil, vale apelidos:
CABEÇA, PALITO, ZÓIO, MÃO DE VACA, COISA FEIA...
Caso o concurso atinja os países da Central, teriamos hurricanes:
JUAN PABLO, LUIS MIGUEL, ANTONIO ADOLFO, AUGUSTO FREDERICO.
E por fim, para não deixarmos de fora a comunidade transexual, também teríamos:
MICHELLE MELISSA, STEFANNY SUELLEN, JENIFFER CAMILLE, OU JANETH CRISTINA.
Porque vamos combinar esses desastrosos da natureza só com nome de mulher, já ficou sem graça, né?
Protesto.
Mil beijos
Syl

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A criança da minha família!



Orgulho de família é neto quando passa no vestibular.
Filhas quando constróem uma bela carreira.
Quando criam seus pimpolhos.
Mas na casa da família Orenstein, o orgulho é Dona Sara.
86 anos.
5 netos e 5 bisnetos.
Sua vida daria um livro.
Veio da Polônia, ainda pequena, pouco antes da grande guerra.
Judia.
Teve uma carreira profissional muito bonita.
Honesta.
Batalhadora.
Porém, muito teimosa.
Sagitariana.
Foi Miss Bahia da terceira idade.
Faz pilates e musculação.
Lê dezenas de livros por mês.
Está sempre fazendo palavras cruzadas ou Sudoku.
Memória invejável.
Fica nervosa quando não lembra o nome de algum ator famoso.
Dona de um par de olhos azuis brilhantes.
É louca por doces.
Doces infantis:
Jujuba, paçoca, balinhas, bombons.
Esconde nas gavetas pra sua filha não tomar dela.
Senão passa a tarde mastigando sem parar.
Uma criança.
Agora veio com uma novidade:
Está fazendo curso de computação.
Queixa-se que as aulas são lentas.
Quer logo saber entrar na internet.
Hoje sentou ao lado da filha e com um caderninho e caneta começou as perguntas:
-Se eu quiser encontrar as músicas de Chico Buarque, digito Chico ou Francisco?
Detesta o nome mouse porque tem medo de rato.
Olha, gente, Dona Sara é uma figura.
Dona Sara é minha avó.
Beijos em todos
Syl

DICA de filme: A GRANDE FAMÍLIA.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

10,9,8...Quais são seus objetivos?


Acostumados estamos a contar regressivamenteos minutos que faltam pra um ano novo chegar.
Todo reveillon é assim.
Bastam os últimos 10 segundos do ano que está indo embora e, todos se reúnem, onde quer quer estejam agarrados as suas garrafas de espumante, coca-cola e afins.
Pés direitos suspensos.
Uvas prestes a serem devoradas.
Ondas do mar indo e vindo.
E assim, fazemos nossas promessas, estabelecemos metas e fazemos juras de amores eternos.
Mas e depois?
Como fica a auditoria emocional no cumprimento de tudo isso?
Você se cobra?
Se exige?
Se lembra do que pediu, agradeceu ou prometeu?
No meu atual trabalho, a equipe decidiu desenvolver uma contagem regressiva para entrega do empreendimento.
Estamos construindo a VILA DOS ATLETAS, que num primeiro momento irá hospedar os atletas olímpicos e paralímpicos de 2016.
E eu peguei a responsabilidade pra mim: me dispus a, diariamente, informar os dias que faltam para a chegada desse grande evento.
E foi, a partir daí que decidi fazer contagens regressivas:
3 meses para emagrecer.
1 semana para me desfazer de algumas coisitas.
2 dias para organizar planilha de gastos.
No riscar das datas, todo dia nos mostra sua importância.
Cada dia é único com o fim em si mesmo.
Como numa coreografia.
Mesmo que a hora seja agora.
O cumprimento diário dos deveres garante que a gente visualize mais facilmente um breve futuro.
Mais nítido, claro e possível.
Nossos hábitos são revistos.
Nossos vícios, questionados.
Estou gostando da experiência.
E você, que tal tentar?
Colocar na agenda a próxima ida ao dentista?
As próximas férias que não podem, nem devem ser adiadas?
Onde o mais importante disso tudo é a lição de realizar aquilo a que nos propomos.
Vou contar até 3...
3,2 1 e JÁ!
Beijinhos carinhosos para todos
Syl

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Muito dinheiro no bolso. Saúde pra dar e vender. Nós merecemos?


Se tem uma coisa que me intrigou bastante nos EUA foi a forma como o americano lida com dinheiro.
Muito, muito diferente da relação que nós, brasileiros, temos com o "Faz-me rir."
Primeiro que um dólar tem muito valor.
Moedas são mais do que bem vindas.
E qualquer troco, seja o valor que for, é entregue corretamente.
Nada de chicletes e balas para "interar" o dinheirinho que nos volta por direito
Mas o mais intrigante é que numa das matérias que estudei, chamada American Way, aprendi que, tornar-se rico, é motivo de orgulho.
Tornar-se rico é possuir uma vida material saudável.
Conforto.
Bens.
Ser rico não gera desconforto porque significa árdua dedicação ao trabalho.
Sim, sim.
Também acredito que existam malandros que desviam verba, alimentam caixa 2 e sonegam impostos na terra do Tio Sam.
Mas a lei pune.
E pune mesmo, pois a economia americana gira em torno do comércio.
E boicotar o ESTADO, quebra a máquina.
Prejudica todos.
Essa consciência impera.
Desta forma, ter dinheiro e ser rico merece aplausos.
Orgulho.
Coisa que no Brasil ainda não nos acostumamos.
É cultural, certamente.
Talvez por isso, na América tantos milionários candidatem-se a cargos políticos.
Vide Mitt Romney
Mas porque será?
Porque subentende-se que, pra construir patrimônio, o candidato dedicou muito tempo da sua vida ao LAVORO.
Entendam, não quero levantar nenhum tipo de bandeira contra ou a favor dos americanos.
Apenas comentar que é normal perguntar quanto a pessoa ganha.
Porém, perguntar a idade, mesmo quando se é jovem, é vergonhoso.
Interessante, não?
Fico por aqui.
Muitos beijos em dólar, euro e real,
Syl

domingo, 2 de setembro de 2012

Meu doce deleite!!!!



Oportunidade é um cavalo que passa galopando. 
Se você não monta, alguém vem e toma as rédeas no seu lugar.
Oportunidade, passa.
Uma sensação equivocada quando ouvia essa comparação.
Sensação de urgência.
Rápido, rápido, rápido, doutor coelho de ALICE.
Vai perder tempo?
Parei, pensei.
E foi num desses insights que cheguei a conclusão:
Minha interpretação era equivocada.
O buraco era muito mais embaixo.
Difícil não é segurar a oportunidade. 
É estar preparada pra quando ela chegar.
Entra aí outro ditado:
Não coloque a carroça na frente dos bois.
Porque fatalmente você vai se expor e perder a chance.
E voltar ao Rio, pra mim, foi isso.
Uma segunda chance.
De Ny, direto para o meu emprego dos sonhos
Nem que para isso, a acomodação não estivesse de acordo com as minhas necessidades.
Abrindo mão de algum conforto.
Refazendo uma rotina de vida.
Fui entendendo que somos seres adaptáveis.
As tais girafas darwinianas
Meus dias, não são rascunhos como foram durante muito tempo.
Apesar de muitos improvisos, eles são absurdamente reais.
Eles pesam na contagem das horas.
Porque essas horas vem com o peso em ouro de novas experiências.
Neste momento, valem as tentativas.
Vale perguntar.
Errar e consertar.
Mas o momento é agora.
O equilíbrio está no pensar.
Escrever.
Presumir.
Arriscar.
Faz parte da lei no trabalho.
Também na vida, quero três orçamentos.
Para tudo.
Menos para as horas de descanso.
Neste caso, não tenho como negociar.
Serão sempre 8.
Preciso.
Um dia de cada vez, também será imprescindível.
Atentem para isso: Um dia de cada vez.
Mas um dia DE VERDADE, de cada vez.
E então, topa entrar nessa nova empreitada comigo?
Um trabalho novo.
Novas expectativas.
Um mundo novo se apresentando.
Vem comigo, vem.
A pé, de BRT ou de trem.
Mas vem.
Vamos?
Beijos
Syl

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Uma chata de galocha? Nãnãninãnão


Andei com uma certa dor de dente.
Visão turva.
De vez em sempre, “taquecardia”.
Tinha dias que para acordar era um suplício.
Banho gelado não adiantava, nem aqui, nem no sertão.
Nasceu uma espinha no meio do meu “focinho”.
Estranha.
Tive dores de estômago.
Secura nos olhos.
Na boca.
Dor no cóccix.
Perdi o humor.
Duas unhas encravaram.
Uma caiu.
O cabelo também.
Um horror.
O sono sumindo aos poucos.
Mas a fome?
Essa daí, sem vergonha, só aumentou.
Algumas roupas se foram.
E junto com elas, minha paciência.
Bastava chamarem:
-Sylvinha?
E lá vinha eu:
-O que ééééééé?
Estava INSUPORTÁVEL.
Até que fiquei de saco cheio de mim.
E entendi que precisava buscar a cura para toda essa desordem.
A solução:
Escrever.
Oi gente, vamos voltar a conversar?
Estava andando por aí, arrumando uns trapinhos.
Agora, eis-me aqui de novo.
Seguem me seguindo?
Sigo junto com vocês.
Mas isso, Aqui entre nós, combinado?
Beijos
Syl

 

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Onde foram parar nossas mortalhas?

Juntávamos a turma e começávamos a planejar onde seria o QG do carnaval.
Precisava ser na casa de alguém que morasse perto da Barra, um bairro tradicional e margeado pelo mar de Salvador.
Depois do local escolhido e permitido por pais e mães, que geralmente viajavam pra Itaparica, faziamos nossas malinhas e durante 5 dias viviamos um mundo de magia.
Então começávamos a ouvir muito todas as rádios para aprendermos direitinho as músicas que iriamos cantar em coro enlouquecidamente quando o trio passasse.
E tinha mais..... as coreografias.
Vocês acham que a gente não se reunia antes e criávamos passinhos para remexermo-nos freneticamente na hora dos refrões?
"Assim já é demais, eu não posso ficar sem a nega. Ela me bate, me xinga, me ama. faz trama na cama e me deixa suado."
Tudo marcadinho.
Passo por passo.
Lindo, lindo.
Na casa da amiga, tudo tinha que estar organizado.
Cada uma levava um prato de comida preparado em casa para ajudar nos mantimentos do QG.
Afinal, éramos geralmente mais de cinco e voltávamos da farra famintas.
O percurso que faziamos era enorme.
Do Farol até Ondina.
Tênis surrado.
Short da DIMPUS até a cintura.
Pochete de Bali.
Camisetinha colorida.
E uma bandana que fazíamos de cinto, colar, top.
Pelas ruas, a multidaão seguia atrás dos trios independentes.
E a gente, juntas, na PIPOCA.
Numa felicidade absurdamente intensa.
Acenávamos para as pessoas nas janelas.
Para os amigos dos nossos pais que sempre estavam nos restaurantes ou hotéis com copos de whisky na mão.
Cerveja pra gente era o bastante.
Os meninos, quando se interessavam, vinham com um pedacinho de pano e spray gelado pra gente cheirar.
A intenção era que, depois do presentinho déssemos um beijo como recompensa.
"Lança menina, lança todo esse perfume..."
Sob olhares e proteção das amigas, aceitávamos e muitas vezes, fugiamos rindo.
Viamos toda orla da Barra e seu mar azul maravilhoso.
Ao chegarmos no final do circuito, voltávamos descabeladas, suadas que nem cuzcuz, mas gargalhando por causa dos paqueras que tinhamos conhecido.
Dos futuros possíveis namorados
Papo pra conversar a noite toda quando chegávamos, ainda elétricas, em casa.
Comiamos a lasanha que a mãe de Dany tinha feito e dormiamos sonhando com o domingo que sairiamos com a mortalha no EVA.
Era só tocar a música hino pra pularmos abraçadas e com os olhos cheios de água de tanta felicidade.
"Minha pequena Eva, o nosso amor na última astronave, além do infinito eu vou voar....."
E o único camarote que a gente queria, era o das redes de televisão que filmavam nossa alegria.
E era assim, amizade incluida, mãos dadas pra atravessar cordeiros, dinheiro embolado no bolso, mortalha com cheiro de tinta, flores no cabelo.
Sim era tudo isso.
Isso era All Inclusive.
Saudades
Beijos
Syl

Em homenagem a : Ady Barretto, Loly, Teca Gonzaga, Dany Daltro, Mila Regis, Ju Pinto, Carolina Brasil, Mari e Faby Mattedi, Paula Dumet, Carol Boni, Dani Choucate, Kiliana e Gaby.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Existe amizade entre homem e mulher?

Existe?
Será?
Olha bem, nem eu sei.
Não estou querendo fazer bagunça, nem defendendo, sei lá o quê.
Mas eu tenho um grande amigo.
Até agora, tenho um amigo que sabe muito, muito de mim.
Muito.
Arrisco dizer que, sabe mais do que grande parte das minhas amigas sabem...
Vixe...
Tchan rannnnnnnn
Orelhinhas em pé....
Dessa forma, ele é um grande amigo.
Nunca tocou em mim.
Me conhece há anos.
Não sei se é fiel.
Mas a mim, é leal.
O que me deixa tranquila, pois considero lealdade mais importante que fidelidade.
Pensem na diferença.
Sutil, mas existe.
Prometi pra ele um presente.
E meu melhor presente são minhas palavras.
Por isso, dedico a ele esse texto.
Onde quer que ele esteja, esta é minha declaração.
Uma declaração de amor.
Ele me conheceu moleca.
Hoje, uma mulher.
Conversamos sobre tudo.
TUDO.
E sobre esse tudo, ele tem em mim, a cumplicidade.
Xuxu, estou aqui.
Pro que der e vier.
Em português e inglês.
Te adoro.
Beijinhos
Syl