sexta-feira, 6 de maio de 2011

O que fazer em 180 minutos?


Em 3 horas muita coisa pode acontecer.
180 minutos podem ser determinantes nas nossas vidas, concordam?
Durante esse tempo os ponteiros de um relógio circulam inúmeras vezes dando voltas e voltas.
Em três horas algo absurdamente ridículo pode fazer você se sentir uma imbecil.
Entendam.
Fui inventar de achar que sou quase uma nova iorquina e me dei mal.
"Xô" contar o que a babaquilda fez.
Decidi usar meu ipod enquanto ia para aula de conversação na biblioteca central.
Legião Urbana, Cazuza, Maria Gadu, Cássia Eller Marina, Jau, Ivete, Brown.
Todos cantando no pé do meu ouvido sem parar.
"Timbalauê, quando vejo o sol beijando o mar. Timbalauê, toda vez que ele quer repousar...."
Acontece que tanta empolgação pela MPB me fez andar uma rua a mais do que deveria.
Resultado: Desci no buraco errado do metrô.
Explicando: A entrada do metrô aqui não é igual a do Rio, chamativa.
Simplesmente é um buraco com escadas onde as pessoas estão andando e de repente..... desaparecem.
Ou seja, desceram as escadas da estação do metrô.
Chega dá aflição.
No meu caso, o que aconteceu foi que, ao invés de descer na 3rd avenue, desci na Lexington avenue.
Isso mudou efetivamente tudo no meu Mc dia feliz.
Ao invés de pegar o metô pra subir, peguei pra descer.
E lá fui eu.
Entrei toda serelepe no trem, contei 11 estações e pronto.
Saltei, subi as escadas e....
Um povo estranho.
"Festa estranha, com gente esquisita...."
Nada da farmácia de sempre.
Olhei pra um lado, olhei pro outro.
Pra cima, pra baixo.
Putz, uma atmosfera totalmente diferente da que estava acostumada a ver nas quintas-feiras final de tarde.
Eu hein!
Pra entender o que tinha acontecido demorou cerca de uns dez minutos.
Procurei outro buraco que fizesse o destino contrário.
Foi aí que me dei mal mesmo.
Peguei um trem que não ia pra cima, nem pra baixo, ia.... pro lado.
Subi mais escadas, troquei de vagão.
E dá-lhe música:
"Bebeu água? Não. Tá com sede?...."
Comprei um café.
Fui da linha verde pra linha azul.
Da amarela, pra vermelha.
Ouvi Ivete.
"Comigo é na base do beijo, comigo é na base do amor..."
Mais Cazuza.
"Ideologiaaaaa, eu quero uma pra viver....."
E, lá fui eu.....troca novamente de trem.
Ladies and Gentlemen.
Percebo que porta não fecha.
Ladies and gentlemen.
Vagão lotado.
Porque não fecha?
Tenho pra mim que a culpa foi do meu bumbum, mas......me espremi todaaaaa.
Troca de lado da estação.
E o trem sobe.
Esquece a aula.
Só pensava em voltar pra casa.
Legião cantando
"Tenho andado distraído, impaciente e indeciso..."
Olhava pro relógio e acreditem, meu povo.
Foram 3 horas exaustivas nessa missão.
O que aprendi?
Que um segundo de distração nessa cidade, pode render horas de prejuízo.
Que tem gente que não consegue ouvir ipod e pegar metrô ao mesmo tempo: EU.
"Quem sabe ainda sou uma garotinhaaaaa...."
Beijocas
Syl

6 comentários:

  1. E aí, minha filha, já chegou em casa? Responda logo, please!!!

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  2. Hahahahhahah.
    Isso foi ontem.
    Mas mãe é mãe.
    Estou em casa e salva, mom.
    Beijos

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  3. Adorei. Nada melhor do que se perder em uma cidade.

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  4. Hahahahahahhhhh..... Adorei a trilha sonora de sua aventura amiga e a agonia de tia? KKKKK, vou ser igualzinha!!!!! Beijos enormes!!!!!

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  5. ai q situação né! comigo tb acontece cada uma! sou meio estabanada rsrsrrs bjbj da Telma

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  6. Hahahaha uma comedia muito bem escrita! Eu aqui lendo e pensando...essa sou eu! Valeu Syl!!!

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