terça-feira, 11 de outubro de 2011

Onde há fumaça, há...churrasco.


Anna é uma amiga do Rio com a qual não mantinha contato há anos.
Pois não é que viemos nos reencontrar em NY?
Ela chegou da mesma forma que eu, louca para desvendar os mistérios da Big Apple.
E, no papel de uma boa cicerone, abracei Anna e tentei facilitar ao máximo sua estada aqui.
Resultado: ela veio morar comigo.
Estamos dividindo até a cama.
Tratei logo de apresentá-la algumas pessoas que conheci aqui e em contrapartida, ela me apresentou a brasileiros que moram em NY.
Incrível, mas nestes trezentos e tantos dias, nunca soube onde estava a galera do meu país que mora aqui.
E Anna, em menos de duas semanas me apresentou a uma dúzia deles.
E lá fomos nós, animadas, a um churrasco que estavam oferecendo.
Delicioso.
Me senti em plena Gávea, no Rio de Janeiro
Rolou pão de queijo, cervejinha, picanha...
Tudo isso misturado a sotaques e expressões que eu já não ouvia há tempos.
Eis que de repente, chegam convidados inesperados.
Os bombeiros.
Assustados com a fumaça vista da rua, os encapotados surgiram como duendes no meio da floresta.
Como não desconfiamos que isso iria acontecer?
NY, ora bolas.
Ao sinal de algo estranho, principalmente depois do 11/09, eles ficam ensandecidos.
Ainda mais se o "algo estranho" produz fumaça.
Não teve conversa.
Jeitinho brasileiro, só funciona no Brasil.
Fomos proibidos de continuar com nosso ritual canibalesco.
Perdemos a comida, mas não perdemos o samba.
Principalmente por saber que não estávamos fazendo mal algum.
Funcionou como uma lição pra mim que, muitas vezes aqui, me desculpei por esbarrar em árvores.
Esse é o perigo de NY, se a gente não se vigia, com o tempo começamos a sentir culpa pelo que nem fizemos.
No mais, a festa continuou e Anna teve mais um motivo para amar essa experiência.
A experiência de se descobrir em NY.
Um beijo com gostinho de carne na brasa.
E, Anna.... o mundo de felicidades pra vc nessa imensidão, amiga!
Syl

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