quarta-feira, 6 de abril de 2011

A catraca quando emperra...


Todo dia quando chego no prédio e coloco meu cartão de leitura óptica para entrar na escola, a catraca emperra.
Não tem jeito.
Basta passar o cartão e tentar seguir em frente, que a danada se recusa a me deixar passar.
Fico eu, empurrando com a côxa de um lado.
E a catraca travada do outro.
Perco cerca de uns três minutos lutando contra a impossibilidade de entrar no Empire State Building.
Pra resolver o problema, sempre vem um capitão-guarda fardado, que trabalha no edifício, pra me ajudar a entrar.
Ele pega meu cartão com jeitinho e, em menos de segundos, a descarada da catraca, PIN, fica verde.
Isso aconteceu tantas vezes, que decidi buscar um comparativo desta situação com meu dia a dia.
A luta contra o que não se pode peitar.
Porque aqui nos EUA, conseguir as coisas é uma batalha diária.
Vide a catraca teimosa.
Tudo suga muito a nossa energia.
Tudo é muito "pra ontem".
Minha professora por exemplo, força tanto o aprendizado da turma, que saio da aula absolutamente exausta.
Louca pra chegar em casa e me jogar na cama.
Até de massagem eu fico precisando.
Verdade.
Ela faz a gente raciocinar em inglês durante as cinco horas seguidas.
E eu sou da teoria de que, se não estamos sempre a buscar crescimento, nosso cérebro definha.
Então, vou na dela.
Me jogo.
Porque uma coisa é fato: aprender cansa.
São novas sensações que instigam a gente o tempo todo.
Um eterno estado de alerta que, até para comprar um café é preciso respirar fundo e pensar em todas as possibilidades pra atingir o objetivo final.
Porém, se a gente não for sempre com moderação, perde oportunidade de entender a lição.
E, como é a primeira vez que moro fora do país, estou identificando aos poucos o exagero de força que preciso desprender para o dia ACONTECER.
Portanto, se não cuidar da saúde, não limpar a casa, não fechar a janela, as consequências darão mais trabalho do que o simples fato de se prevenir.
Isso.
O povo americano é prevenido.
Coisa que, confesso, estou aprendendo bastante a ser.
Portanto, para evitar que as catracas emperrem, sempre é bom pensar 2 vezes e ir com calma antes de agir.
A vida fica mais leve e as pernocas agradecem.
PIN, podem entrar.
Beijos
Syl

7 comentários:

  1. Tem q relaxar, respirar fundo e fazer acontecer.
    Viva Sica!!! Isso é q é aprendizado!!!

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  2. Estou adorando! Que gen da família, hein? "Nossa" escritora é ótima! Sucesso Sylvinha!! Babem mãe e vó!!!! Bjsssss

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  3. Sister, no camarote não tem catraca. Vem prá cá! rs
    Adorei o texto. ;-)
    Bjoks,
    BB

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  4. Please NY, abram alas (e catracas) para a Syl!!!
    Very good!!!! xoxo

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  5. Sylvia, muito bom. bjs

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  6. vontade de dar uma tamancada nessa catraca rsrsrs amore acho q tudo tem q ter uma harmonia, corpo e mente! não adianta vc se matar nas aulas e passar tantos aborrecimentos. vá com calma q tudo se ajeitará. cuide de vc sempre, seu corpo e sua mente! bjbj da Telma

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  7. É isso mesmo Syl: por isso dizem que brasileiro não tem memória. Pensar não é mole, não! Agora aí onde você mora (minha), nem catraca te atende com esse sotaque latino.kkkk

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