domingo, 17 de julho de 2011

A busca...


O que me encanta em NY não é o fato dessa ser a cidade onde as culturas se encontram e convivem pacificamente entre si.
Mas o fato dela escancarar as portas incitando você a assumir quem você realmente é.
Aceitar.
Enquanto os dias passam, os meses se alternam e o ano insiste em acelerar o passo, é fácil perceber as mudanças que ocorrem por aqui.
Por isso talvez, as estações sejam tão determinantes e tão respeitadas por estes lados. 
No meu caso...passei pela dor da borboleta, sabem?
Aqui, depois de duras penas, passei a aceitar e compreender que os meus defeitos, me engrandecem tanto quanto minhas qualidades.
Não preciso me esconder deles, nem escondê-los de ninguém.
Tenho que, assim como aos mais velhos, respeitá-los.
Seguindo o ditado conhecido: Já que não posso derrotar meus inimigos, me alio a eles.
Não que eu ache que minha impaciência, meu senso de urgência, minha dramática personalidade ou minha pouca tolerância, seja algo que deva me inflar de orgulho.
Muito pelo contrário, fico preocupada em parecer prepotente, sometimes.
Mas, sei que, ao mesmo tempo, eles são o tempero da minha personalidade.
Pois, na tentativa de me tornar alguém melhor, meus defeitos ajudam com que eu me enxergue verdadeiramente.
Hoje eu me respeito.
Juro.
Não forço a barra com o que não funciona comigo.
E mais, me presenteio quando concluo minhas tarefas onde sei que rompi barreiras, ultrapassei limites dosando minhas qualidades com defeitos.
Seja com um big Icee Coffee, uma sessão de cinema, ou um capítulo inteiro de Insensato Coração.
Quantas vezes não me pego pensando: - Isso, Syl. Vamos lá. Boa menina, boa, menina.
Sou minha mãe, minha vó, meu irmão, minha melhor e minha pior amiga aqui.
Outro dia me dei bronca no espelho.
Calma.
Em NY isso é aceitável.
Mas precisei dizer: Não deixe a bola parar por bobagem, Nada de manha, hein!
Isso, não.
É minha gente, tem 2 coisas que doem e custam caro:
CRESCER e CONHECER.
Quando a gente cresce, assume responsabilidades.
E quando a gente conhece, não existe a desculpa da ignorância.
Por isso, se busquem.
Seja numa fazenda, dentro de casa, numa nova faculdade ou na religião.
O auto-conhecimento é um dos processos mais delicados e dolorosos que existe.
Mas vale a pena.
E NY, chama a gente pra isso.
E agora, que me conheço melhor e banco meus defeitos, deixe-me correr em busca da minha liberdade.
Pois, como diz, Fabrício Carpinejar, escritor, poeta que tanto gosto e admiro:
"Liberdade na vida, pra mim, é ter um amor para se prender."
Mil beijinhos
Syl 

5 comentários:

  1. Lindo! LIndo e mais lindo!!! Marcella

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  2. Ô Syl, que texto profundo! Me encantei e me emocionei com sua sensibilidade e ...verdade!
    Algo ali me tocou de forma que tenho que analisar novamente para me rever. Não a conheço pessoalmente, mas tenho ótimas referencias(rs) e cada vez que venho aqui, me sinto bem e melhor, e olha que não é um blog de auto-ajuda...rsrsrs
    entãoa prendi a ter um carinho enorme por vc e te desejar o melhor dos mundos, daqui e daí!

    Um beijo e Thanks!

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  3. Oi Jackie:
    Sumiuuuuuuuuuu.
    Pensei que tivesse me esquecido!!!!
    Obrigada pelo seu depoimento, amore.
    Venha me visitar mais vezes, viu?
    Beijos
    Syl

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  4. I M P O S S Í V E L !!! Visito seu blog sempre pra saber das novidades. Agora comentar...nem sempre tenho algo relevante pra dizer, mas segundo a dona de outro blog que acompanho, é sempre muito bom escrever algo e saber que está sendo "ouvida", então comentarei mais, ok?
    Seria MUITO BOM se vc pudesse estar aqui dia 30 (Feijoada no Zen do coração da Help) e dia 1/8 (niver meu Beto no Zen tb). Se vc quiser vir, eu fico aí no seu lugar, no problem...rs
    beijoca

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  5. Pôxa!
    Queria do fundo do meu coração, poder estar com vcs no dia da feijoada de Help.... mas a vida aqui tá puxada e o dindin curto para ir e voltar.
    Quem sabe me visitar não seja uma boa idéia, hein, dona moça?
    Suas palavras tem o mesmo efeito de um abraço apertado para mim.
    Obrigada pelo carinho, viu?
    Muitos beijos em toda a família
    Syl

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