quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Japonesa, japonesa...



Sabe quando mãe diz: "Não fica falando muito bem de uma coisa, senão ela desanda"?
Sabedoria maternal pura.
Pois bastou eu colocar o pessoal dos olhinhos puxados lá em cima no texto sobre estudos, pra danada da mulher da lavanderia me aprontar uma.
Bom, tudo começou quando decidi inventar de botar meu único jogo de cama pra lavar.
A lavanderia é daquelas que passa, seca, lava, engoma e entrega no mesmo dia, sabe?
Aliás, se tem uma coisa que os asiáticos dominam aqui em Nova York são as lavanderias e os salões de beleza conhecidos como "Nails Spa".
Melhor dizendo, são especialistas em fazer pé e mão. Manicures e pedicures.
Só não me peça pra entender como com aquele tamanho de par de olhos elas conseguem não arrancar metade do seu dedo?
Nem me arrisco.
Sou doida?
Mas voltando ao assunto lavanderia, lá fui eu levar meu jogo de cama. Faceira e serelepe.  
Como disse, meu único jogo de cama pro frio que está se aproximando.
Então, combinei com a japonesinha que ela me devolveria minhas roupinhas até as cinco da tarde.
Só que saquei que tinhamos um problema. Problema de comunicação.
Primeiro, que é difícil conversar direito com os asiáticos. A acentuação deles é diferente e no meio da conversa riem muito e dialogam entre si. 


Segundo, que durante uma conversa, tudo que falamos, eles repetem a última palavra no final.........final.
Mas como tudo estava pago. Endereço escrito. Tudo dentro dos conformes. Fui embora. 
Fiz o que tinha que fazer na rua e voltei pra casa pra esperar "Dona sushi".
Eis que passa cinco, seis, seis e meia, sete.
Olhei pela janela e já começava a escurecer.
Sete e meia, oito.
Lá vou eu pro telefone.
Procuro o cartão da danada da "Só Sei Que Me Fufu" e nada de achar.
Resultado:
Deu nove, dez, dez e meia.
O sono querendo chegar.
O frio mais ainda.
Eu nervosa.
Fechei as janelas.
Forrei a cama com umas echarpes grandes, umas toalhas.
Dei uns espirros.
E terminei pegando no sono com a cara no colchão e no travesseiro desforrado porque a danada da japonesa não apareceu.
No outro dia, com olheiras até o pé, fui lá.
Mirei na direção da danadinha e:  
-Dona "Sushi", você abra esse olho. Apronte mais uma dessas comigo que lhe faço comer besouro.
Ela riu.
-...besouro
-Passa já pra cá meus lençóis.
-Lençóis....
Então pegou o ticket das minhas mãos e virou como uma pluma rumo ao balcão.
-Here- disse ela com seu risinho agudo no final.
A danada da japonesa feliz, sem uma ruga no rosto.
Vivendo bem GRANDE MAÇã e ganhando seu dinheirinho sem se estressar.
Agora me digam, quem saiu perdendo? 
A boba aqui, né?
Beijos com gostinho de shoyu pra vocês
E Até breve
Syl


5 comentários:

  1. Seus textos sao leves, porem carregados de humor inteligente e divertido. Parabens!!! Muito bom comecar o dia com o seu Blog!!!

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  2. Cuidado com os chineses ai , principalmente com a comida deles , vc ja viu funeral de chines ai New York kkk , abs

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  3. Gente, vi a cena tooooda. Ri tanto que minha filha veio perguntar o que foi.
    Muuuuiiiiiito bom!!!!!!

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  4. Syl, uma delícia seu blog, adorei a maneira como conta as estórias, dei muita risada.
    Beijos,
    Silvinha

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