domingo, 31 de outubro de 2010

Comer, rezar e amar...

Se tem uma coisa gostosa de fazer aqui em NY é não fazer nada.
Sair sem planos e andar por aí.
No meio do caminho, então, resolver o que fazer durante uma tarde de domingo.
Um cineminha.
Que tal?
Delícia. O inglês agradece e ainda em troca você come aquele balde de pipoca delicioso, sem culpa.
AMC Loews 34th Street 14
Fui assistir Each, Pray, Love.
Li o livro e amei.
Mas o filme.... Bom, segue minha opinião.
Minha opinião, ok?
A personagem e narradora, ELIZABETH GILBERT, uma típica mulher americana, moderna, bem-educada e ambiciosa.
Inconformada com seu casamento infeliz pede divórcio e questionando sobre o tempo que passou triste, entra numa crise depressiva ao mesmo tempo em que se envolve com um garoto 10 anos mais novo.
Que fique claro que não é nítido como, em menos de alguns minutos, vão morar juntos e se separar em tão poucos "takes".
Confuso.
Muito.
Por tratar-se de um relato da autora sobre o ano que passou viajando em busca de novas experiências, esperamos que os acontecimentos sejam retratados com alguma riqueza de detalhes, ok?

Principalmente a sua passagem pela India.
Nada disso.
As cenas são corridas e cortadas sem explicação.
Somos transportados de um lado pro outro como se tivéssemos obrigação de ter lido o livro antes da sessão começar.
Atuação mediana de Julia Roberts.
Mediana mesmo.
Sei lá.
Ela está com uma boca esquisita.
Sem o frescor que a personagem requer.
Sem carisma.
De vez em quando umas gargalhadas soltas que cabiam há 10 anos em "Uma linda mulher"
Só quem leu o livro pode entender o verdadeiro perfil de Liz Gilbert. 
As cenas estão soltas.
E cenas que deveriam acontecer, nem ao menos foram rodadas.
E, pra finalizar, Javier Bardem, no papel do brasileiro Felipe, lança ao vento, frases soltas em um português desconfiável. 
Sem falar que, a química entre o casal é estranha e nada convincente.
Uma pena.
O que salva o filme encontra-se no último minuto do segundo tempo.
A trilha sonora.
Canção entoada na voz de Bebel e João Giberto.
"Eh melhor ser alegre que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe..."
Voltei pra casa com a música na cabeça. 
Isso me trouxe paz e boas lembranças do meu país.
A música e a pipoca, diga-se de passagem, foram acolhedores neste domingo.
Simple day. 

Um comentário:

  1. Silvinha,
    Não li o livro, mas gostei MUITO do filme, fiquei, inclusive, com vontade de lê-lo. Eu tenho uma certa "implicância" com best sellers, por isso nunca o li antes. Mesmo assim vou dar minha opinião, não dá pra esperar de um filme a mesma riqueza de detalhes de um livro... Como já dizia um amigo meu: "um livro é uma viagem de carro, um filme uma viagem de avião". Mas depois de ler talvez mude tb...
    Beijo, Mari

    P.S.: Tenho lido seu blog e me divirto com suas histórias. Boa sorte na Big Apple!

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